2º dia de Bett Show - equidade e amor precisam andar junto da inovação e tecnologia
Em palestra no maior auditório do evento, Sarah Brown, presidente da Global Business Coalition for Education, lembrou que com a pandemia, muitas crianças e adolescentes saíram da escola globalmente. Embora não haja uma solução simples, ela defendeu que há um bom caminho para atraí-las de volta: a tecnologia. “Podem ser tecnologias simples, mas as crianças ficam muito empolgadas”, afirmou.
Ela explicou que as famílias querem que seus filhos estudem. “Já visitei campos de refugiados. Depois que têm algum abrigo e comida, o que os pais mais querem é que os filhos estudem. Todos querem melhores oportunidades, que vêm pela educação”, afirmou. Sarah reconhece que é um grande desafio, mas se mostrou otimista. “O covid mostrou que nós amamos hábitos, mas que somos capazes de nos adaptar, de ter flexibilidade. A espécie humana é resiliente”, disse.
Uma vez que as crianças estejam frequentando a escola, elas precisam de amor, garante Janice Ross, superintendente de 47 escolas do Brooklyn, Nova York, EUA, que também deu palestra na Bett. “Pessoas precisam ser vistas, ouvidas, sentir que confiamos nelas. Não podemos estar numa posição de poder sem amor, especialmente na educação”, disse. Segundo ela, é pelo afeto que se desperta a vontade de aprender. “Temos que fazer com que os estudantes queriam ser melhores - socialmente, academicamente, emocionalmente.”
São as crianças conquistadas de volta para a escola, sentindo-se amadas e respeitadas, que vão promover as inovações do mundo. “A questão climática é um ponto de intersecção. A vontade de agir as crianças já têm, mas ainda há muito o que fazer na escola, temos que promover inovações”, citou Wendy Koop, CEO do Teach for All, uma rede de organizações para promover o desenvolvimento infantil. “A educação pode ajudar a resolver problemas de sustentabilidade, justiça e paz”, completou.
A equidade também é uma preocupação no ensino superior, sobretudo quando se fala de gênero nas áreas de computação e engenharia. “Qual é o papel da educação superior? É mostrar que a tecnologia dá poder, trabalhar contra estereótipos, educar para o valor da diversidade”, afirmou Heidi Fraser-Krauss, CEO da Jisc, uma organização que dá consultoria em infraestrutura digital, numa palestra sobre o papel das mulheres na chamada Indústria 4.0.
Brasil global
“Há um alinhamento muito forte entre as temáticas macro do evento - como equidade e inclusão - com a realidade e os debates que fazemos no Brasil”, afirmou Adriana Martinelli, diretora de conteúdo da Bett Brasil. Segundo ela, com desafios comuns, a troca de experiências é muito rica.
A diferença mais marcante, avalia a diretora, é a presença dos chamados e-sports nas discussões educacionais. “Não se trata de tecnologias novas, mas aproveitar as tecnologias de games, incluindo as que pedem o uso do corpo, em que é preciso dançar, jogar bola, para fins educacionais. Eles estão trazendo o corpo e a diversão para ajudar na aprendizagem”, disse. Adriana ressalta que deve se ter o cuidado para que nada disso substitua o esporte. “O e-sport não vem tirar o lugar dos esportes. Não é uma substituição, mas uma oferta extra”, explica.
"Este conteúdo é oferecido pela ação Brought to You by Red Balloon English School em parceria com a Bett Brasil. As inscrições para o congresso e credenciamento para visitar a Bett Brasil 2022 já estão abertas. Outras novidades serão apresentadas até a data do evento, e serão anunciadas em seu site brasil.bettshow.com e redes sociais oficiais @bettbrasil."
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