Capacitismo e educação: ser deficiente não é anormal
“Cego de raiva.”
“Dar uma de João sem braço.”
“Não temos braço para isso.”
“Desculpa de aleijado é muleta.”
“Estava só aqui no meu mundinho autista.”
Estas são só algumas das frases ditas por algumas pessoas, infelizmente, com naturalidade. Lamentavelmente, muitos profissionais da educação não têm a devida orientação ou conhecimento e acabam caindo nas ciladas do capacitismo.
O capacitismo é mais uma forma de discriminação na qual pessoas com deficiência são taxadas como incapazes, são desumanizadas e ou tidas como inaptas a exercer determinada ação. É sobretudo uma forma de subjugar as pessoas com deficiência.
É comum, muitas vezes, pensar a educação inclusiva somente como aquela que busca inserir no espaço pessoas com deficiência mas, na verdade, a educação inclusiva é aquela que abarca o respeite e principalmente, proporciona a todos e todas uma educação plena e bem estruturada, desde os portões da escola até o processo ensino e de aprendizagem. Pensemos num exemplo simples: Se eu te convido para minha festa, você até pode se sentir parte do meu grupo mas, se na festa eu te convido para dançar, é muito mais provável que você tenha o sentimento de pertencimento. Este exemplo foi uma forma afetuosa da ativista Vernā Myers nos falar sobre a inclusão.
É muito imprescindível que nós, educadores, busquemos romper com as barreiras das discriminações e preconceitos.
Ações práticas e básicas contra o capacitismo:
- Entenda, ser deficiente não é anormal. Pessoas com deficiência, estudam, trabalham, assim como qualquer outra pessoa;
- Sim, ter uma deficiência em uma sociedade que não está preparada para a diversidade é um grande desafio, por isso, atente-se e amplie seus conhecimentos. Assim, quanto mais pessoas conscientes de que o mundo deve ser acolhedor a todos e todas, melhor será a nossa sociedade;
- Não use palavras de cunho capacitista, tais como: louco, maluco, retardado, mongol, surdo-mudo, capenga, bipolar, deformado, sequelado e entre outras…
- Sobretudo, tenha empatia, respeite e entenda que cada ser deste planeta é único, ou seja, vivemos em um mundo repleto de diversidade.
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