Chaves para combater o abandono da universidade
Cerca de 12.000 universidades na América Latina foram afetadas pela COVID-19 (IESALC, UNESCO https://www.iesalc.unesco.org/wp-content/uploads/2020/05/COVID-19-ES-130520.pdf ). Mesmo antes da pandemia, apenas metade dos estudantes na América Latina conseguiu se formar, e esta tendência se acelerou ainda mais depois de 2020.
Atualmente, a participação em alguma forma de atividade educativa na região está 12 pontos percentuais abaixo da taxa de frequência pré-pandémica, de acordo com um relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
O Brasil está numa situação semelhante com seus países vizinhos. De acordo com os números da SEMESP (https://www.semesp.org.br/mapa-do-ensino-superior/edicao-11/dados-brasil/evasao/ ), a taxa de evasão em 2021 foi de 36,6%, uma das mais altas da história, ficando apenas atrás da taxa de 37,2% em 2020.
Apenas 18% da população com idades compreendidas entre os 18-24 anos frequenta a universidade. Desta percentagem, há uma taxa de evasão no primeiro ano de cerca de 24% nas universidades privadas e 14% nas universidades públicas (SEMESP, 2019).
Durante 2021, quase 3,5 milhões de estudantes abandonaram as universidades privadas no Brasil. Se olharmos de perto, a desistência foi ainda maior nos programas à distância, com um total de 43,3%.
O que podem fazer as instituições de ensino superior?
Muitas instituições já estão a implementar planos estratégicos para o Ensino Superior transformador. A emergência de soluções EdTech, tais como Ed Machina (https://edmachina.com/ ), abre caminho a novas formas de ensinar, conhecer os estudantes, antecipar diferentes cenários, e implementar medidas no tempo certo..
Notas para lidar com a desistência:
- Consolidar alianças com instituições de ensino secundário para ajudar os estudantes a tomar melhores decisões e melhorar as matrículas.
- Criar um modelo flexível e omnichannel, onde o estudante desempenha um papel mais importante.
- Conhecer o perfil dos estudantes e estabelecer padrões que sirvam para identificar o risco de abandono escolar.
- Facilitar soluções financeiras para os estudantes que realmente precisam delas.
- Fornecer tutoria e apoio acadêmico de uma forma simples e acessível.
Existem soluções comuns a todas as instituições? Certamente não. Por conseguinte, é melhor começar com estratégias e ações de menor escala, medindo resultados e otimizando processos. Não é necessário fazer grandes esforços ou investimentos: o importante é conhecer as necessidades de cada instituição e dos estudantes, além de conceber objetivos realistas.