Como atrair mais público para visitar os museus do país
As relações entre os museus e seus públicos foi um dos temas abordados em painel do Congresso de Educação Básica, durante a 29ª edição da Bett Brasil, composto por representantes de dois conhecidos espaços paulistanos: o Catavento e o Museu da Língua Portuguesa.
Inaugurado em 2006, em São Paulo, o museu da Língua Portuguesa conta a história e as conexões do idioma em diferentes países. “Trabalhamos do micro ao macro, por isso, passamos a levar mostras itinerantes do museu para o exterior, para países como Portugal, Angola e Moçambique. Estima-se que em 2040 a língua portuguesa será um grande mercado consumidor, por isso, nossa missão é empoderar cada vez mais o nosso idioma através desse espaço de exposição”, disse a coordenadora do núcleo de Educação do museu, Marina Toledo.
Mesmo enfrentando períodos de dificuldades, como o incêndio que atingiu e interditou o prédio por mais de cinco anos, o espaço segue como um dos destinos de escolas e grupos da capital paulista, além de desenvolver programas que recebem famílias carentes no local de forma gratuita e guiada.
Já o Museu Catavento está localizado em uma área de 13 mil metros dedicada às ciências naturais e sociais, no Parque Dom Pedro, em São Paulo. Ao contrário do que muitos pensam, o coordenador de museologia do local, Cauê Donato, afirma que grande parte do seu público não está nas escolas. “Comumente recebemos grupos de escolas para conhecer o museu, mas, nosso maior público, cerca de 70%, é de visitação espontânea, o que nos anima muito”.
Como atrair mais público aos museus?
Ao serem questionados sobre esse desafio, os palestrantes afirmam que o melhor caminho é investir em interatividade e imersão e, claro, estimular as unidades de ensino para que continuem sendo a primeira porta de entrada dos alunos para o universo da cultura.
“Talvez ainda leve uma ou duas gerações para que as pessoas percebam os museus como espaços de lazer e entretenimento, mas isso vem mudando. É preciso investir em experiências imersivas e até tecnológicas para atrair cada vez mais novos visitantes”, destacou Cauê. “A escola é fundamental. Muitos colaboradores que estão trabalhando no museu hoje escolheram sua profissão por visitarem o espaço enquanto alunos. Ela é, muitas vezes, a grande responsável pela primeira experiência das pessoas em um espaço cultural”, completou Marina.
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