Delegação Bett UK: busca comum pela educação de qualidade
Ao apresentar a Ashcroft Academy para a delegação brasileira que está em Londres, na manhã de terça-feira (23), o vice-diretor da instituição, Phil Hall, contou o quão rígidas são as exigências para os estudantes em termos de comportamento: todos devem usar uniforme completo, não podem chegar atrasados, faltar, deixar de fazer lição de casa, esquecer material e, claro, desrespeitar professores ou colegas.
Tudo isso, diz ele, permite criar um ambiente propício para o aprendizado. Os professores também fazem sua parte, buscando sempre formas de aperfeiçoamento em suas áreas. A gestão fica com a responsabilidade de promover formações sobre como se ensina e se aprende. “Não dizemos exatamente como o professor dará cada lição, mas munimos nossos professores com as ferramentas para ensinar de forma eficaz”, afirmou Hall.
Delegação durante visitas técnicas na Ashcroft Technology Academy e Kingsley Academy
Ele, que também é professor de matemática, relatou que este ano a equipe docente está com um foco específico em estudar motivação, mas a psicologia do aprendizado é algo que está sempre nas formações coletivas. “Já estudamos sobre o funcionamento do cérebro, como as informações da sua memória de trabalho passam para a memória de longo prazo. Tudo baseado em evidências”, citou Hall. E buscam garantir que esses conhecimentos se transformem em ações em sala de aula que promovam melhores aprendizagens.
Nem toda a delegação foi para Ashcroft. O grupo, que conta com mais de 190 integrantes, foi dividido em outras escolas durante a manhã. Alguns conheceram a Kingsley Academy, encontro voltado para representantes do governo brasileiro e, outros, a St. John XXIII School e a Cardinal Vaughan Memorial School.
Na parte da tarde, também houve um evento na King’s College, instituição de ensino superior, no qual o professor Arthur Galamba contou sobre como se dá a formação de professores no Reino Unido e se discutiu a aprendizagem híbrida.
Embora tenham passado por experiências diferentes, os membros da delegação puderam reconhecer a busca por uma educação de qualidade que une brasileiros e britânicos. Ao presenciarem respostas e propostas distintas, aumentaram seus repertórios, o que os ajuda a responder melhor aos desafios locais.
Brasileiros também marcaram presença em visitas na King’s College e Cardinal Vaughan Memorial School
“A gente tem problemas que acha que são específicos do nosso país e, quando a gente sai, vê que alguns problemas são persistentes em todos os lugares do mundo. Nas visitas, com as pessoas que a gente encontra, acaba conseguindo vivenciar outras formas de lidar com os problemas e vislumbrar um futuro melhor”, afirmou Renata Cunha, coordenadora do programa bilíngue do Instituto Portinari.
Catarina Pontes, gerente executiva de produtos educacionais do CNA, também acredita que todas as visitas foram extremamente úteis. “Como trabalho com ensino de idiomas, saber a cultura é fundamental. Ao fazer essas visitas, a gente entende vários aspectos culturais. Dá para fazer paralelos sobre a regulação de órgãos governamentais, sobre como acontecem as avaliações, de como se dá a preparação para o mercado de trabalho. Isso tudo tem um impacto direto no que a gente produz”, destacou Catarina.
A programação do grupo vai se estender durante toda a semana, com mais visitas técnicas, além, é claro, da participação na Bett UK. A delegação brasileira conta com o apoio da Edlatam Alliance e Systemic Bilingual e a parceria do Consulado Geral Britânico, Google For Education e Samsung.
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