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24 mar 2023

Educação mais forte

Celso Niskier
Educação mais forte
O Brasil clama pelo fortalecimento e valorização da educação de qualidade em todos os seus níveis de ensino


Basta! O Brasil clama pelo fortalecimento e valorização da educação de qualidade em todos os seus níveis de ensino, da creche à pós-graduação. Faz décadas que vivemos sob o mantra “só com educação o país vai para a frente”, mas nada, ou quase nada, foi feito de concreto para mudar a realidade. Seguimos entre as nações com os piores desempenhos nas avaliações internacionais. Internamente, estamos muito longe de cumprir a maior parte das metas do Plano Nacional de Educação (PNE), que se encerra no próximo ano.

Sabemos que não existe um passe de mágica capaz de resolver todos os problemas da educação no Brasil. Superar o atual quadro exige o esforço e a união de governos, setor privado e sociedade civil, com investimento em políticas públicas amplas e transversais em áreas como economia, saúde, transporte e segurança alimentar, além da própria educação. Nesse sentido, há anos o Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular se apresenta como parceiro e espaço qualificado de debate.

Focado na sua área de atuação, em 2022 o Fórum apresentou 10 propostas de políticas públicas para os próximos anos. Cunhadas no contexto do movimento #EducaçãoMaisForte e apresentadas aos candidatos nas eleições, a iniciativa parte do princípio de que investimentos no setor e a formação de profissionais qualificados são fundamentais para que se concretize o salto de qualidade na educação ofertada no país.

Responsável por formar cerca de 70% dos professores brasileiros, o setor particular de educação superior defende que uma educação mais forte e de qualidade passa, necessariamente, por maior integração entre o ensino superior e a educação básica. Não há caminho para a melhoria da educação sem uma estreita e afinada parceria entre ambos os níveis educacionais.

O fortalecimento da educação também depende da aprovação de uma reforma tributária justa para o setor, que considere seu caráter social e a desoneração do Estado na garantia de um direito fundamental de todo cidadão brasileiro. Do mesmo modo, precisamos avançar em uma legislação que favoreça o desenvolvimento de metodologias híbridas e reconheça seu potencial para a construção de uma educação conectada com as necessidades e oportunidades deste século 21.

Tratando especificamente do ensino superior, a conquista da educação que precisamos passa por medidas como a modernização do marco regulatório referente à avaliação e à supervisão; a criação de um novo modelo de financiamento estudantil atrelado à renda futura do estudante; a ampliação do ProUni e reabertura do ProIES; a oferta de linhas de financiamento para estímulo à inovação nas instituições de educação superior; a ampliação da participação das IES particulares nos conselhos de órgãos de governo; e a maior integração entre as universidades, centros universitários e faculdades com o mundo do trabalho.

Faz algum tempo que especialistas, entidades representativas e comunidades escolar e acadêmica chamam a atenção para a necessidade de uma educação mais forte, justa, inclusiva, de qualidade e conectada às tendências e demandas globais. Da forma como está a nossa educação, toda e qualquer possibilidade de desenvolvimento socioeconômico fica estagnada. Essa é uma demanda urgente que não pode seguir sendo negligenciada. Basta! Precisamos de uma educação mais forte para termos um país mais forte.

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*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Bett Brasil.

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