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02 jul 2020

Empatia e segurança são prioridades na volta às aulas

Educador 21
Empatia e segurança são prioridades na volta às aulas


 

O Brasil registra 1.151.479 de casos de casos de infecção pelo novo coronavírus. São 52.771 óbitos em todo o país, sendo 1.374 nas últimas 24 horas. Mesmo com esses números alarmantes, a flexibilização do isolamento social permanece em expansão em vários estados e municípios. E gera expectativa de uma possível reabertura das escolas das redes pública e privadas.

Nesse cenário que desafia gestores escolares em todo o país, o setor da Educação se organiza para discutir os procedimentos sanitários e pedagógicos para a volta às aulas presenciais. Essa foi a pauta para a realização do Novo Encontro da Bett Educar, do qual o Educador21 é parceiro de conteúdo. O primeiro dia de discussões online aconteceu na tarde desta terça-feira, 23 de junho.

O evento remoto com duração de dois dias -- uma nova rodada de discussões será realizada nesta quarta, dia 24, a partir das 15h -- reúne oito especialistas para tentar responder aos questionamentos em torno das medidas de segurança e acolhimento que serão necessários para a retomada. Ainda dá tempo de participar. Efetue sua inscrição gratuita no banner abaixo.

O psicólogo e consultor educacional Rossandro Klinjey ressaltou a importância desse acolhimento. Não apenas para restaurar a saúde emocional de alunos, professores, gestores, pais e funcionários das instituições, como também para

"Estamos aprendendo em três meses o aprendizado em tecnologia para cinco anos. Temos que acolher o medo e as novas tecnologias. Mas não devemos acolher a culpa. Cada um de nós está fazendo o melhor com o que tem", disse, na abertura do evento.

O Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) lançou, nesta semana, um guia com novos procedimentos sanitários e pedagógicos, disponível para download. O documento foi elaborado junto com 13 secretários de Educação, representantes do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e UNESCO. Consideram três fatores: infraestrutura e recursos, continuidade da aprendizagem e capacidade de análise da crise sanitária.

Claudia Costin, diretora do CEIP-FGV

Claudia Costin, diretora do CEIP-FGV  Claudia Costin, diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da Fundação Getúlio Vargas (CEIP-FGV) e ex-secretária de Educação do Município do Rio de Janeiro, criticou a falta de protagonisamo do Ministério da Educação (MEC) nas estratégias de manutenção da educação no período de enfrentamento da pandemia.

"O Brasil já vivia uma crise de aprendizagem antes da pandemia. A escola não está preparada para educar a todos. E a pandemia vai aumentar a desigualdade educacional preexistente. Da mesma maneira que os médicos da linha de frente não estavam preparados, educadores tampouco estavam. Mas planejar cuidadosamente o retorno, isso dá tempo de fazer", ressaltou a especialista e educadora, que também é membro do Conselho Global da Bett.

Claudia Costin ainda enriqueceu o debate trazendo informações sobre protocolos de retomada das aulas presenciais definidos por vários países. A ex-secretária de Educação ressaltou vantagens dos mais velhos voltarem primeiro e do rodízio, para aumentar o distanciamento nas salas de aula e no recreio.

Por outro lado, condenou o retorno às escolas das crianças em idade de creche, de zero a 3 anos. "Prefeitos estão sofrendo pressão das federações de indústria para a creche retornar em agosto. Mas só deveria acontecer, nessa faixa, em 2021."

Nesta quarta-feira, 24 de junho, o secretário de Educação do Estado de São Paulo, Rossieli Soares, anunciará, em coletiva de imprensa, o plano de retomada das aulas da rede. Isso significará a volta de um terço da população paulista às ruas -- considerando todas as redes escolares e segmentos educacionais, somando estudantes, professores e funcionários administrativos.

Por isso, o planejamento é feito cuidadosamente, priorizando a segurança de todos os envolvidos nesse processo, conforme adiantou Haroldo Corrêa Rocha, secretário-executivo da Educação do Estado de São Paulo, que participou da roda de debates no Novo Encontro Online da Bett Educar.

Rocha ressaltou que todo o planejamento vem sendo estruturado em parceria com a Secretaria de Saúde e que, por enquanto, não há uma data definida para a volta às escolas da rede pública no Estado de São Paulo. Mas adiantou alguns aspectos das diretrizes que estão sendo desenhadas.

"O objetivo é voltar com segurança e no momento adequado. Nas condições de hoje, não há visibilidade clara de retorno. Na melhor das hipóteses, podemos pensar em final de agosto. A educação é o último segmento que volta, tanto pelo quantitativo [de pessoas circulando pelas ruas] como pelo potencial de disseminação", explicou o secretário-executivo.

Rocha ressaltou que os protocolos valerão como diretrizes para as redes municipais e privada. O secretário-executivo revelou que uma das regras será a de retorno de uma capacidade máxima de 30% dos alunos por sala de aula, Esse quantitativo, no entanto, deve ser determinado separadamente pelos municípios, que poderão adotar regras mais restritivas para delimitar quantidade de pessoas em circulação.

Para mais informações sobre o setor, continue ligado no Bett Blog!

Créditos: https://www.educador21.com.br/post/empatia-e-seguranca-sao-prioridades-na-volta-as-aulas

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