Enem: IA é usada na preparação de estudantes
Mais de 4,3 milhões de candidatos estão inscritos para fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024, com provas marcadas para os dois primeiros domingos de novembro - 3 e 10 de novembro. Na preparação, muitos estudantes fizeram uso de Inteligência Artificial (IA), ferramenta que virou uma aliada para os estudos.
Na edição da última semana de outubro, a Revista Veja publicou uma matéria sobre o assunto com a participação do pesquisador da Universidade Harvard e presidente da Sociedade Internacional de Inteligência Artificial na Educação, Seiji Isotani, integrante do Conselho Consultivo da Bett Brasil. A pauta contou também com o professor da Universidade Federal de Pernambuco, André Neves, que participou neste ano da Jornada Bett Nordeste.
É comprovado que a tecnologia, desde que seja vista não como um fim, mas um meio para atingir a excelência, pode dar um bom empurrão para a existência de escolas mais arejadas, em que o aluno seja um ativo participante de sua esticada jornada pelo saber. O estado do Piauí implementou o ensino de inteligência artificial (IA) na educação básica, onde os jovens são ensinados a elaborar boas perguntas ao chat, condição básica para uma resposta consistente e certeira. “Quando bem utilizada, a IA pode nos dar superpoderes”, brinca o brasileiro Seiji Isotani. “Talhar a habilidade de perguntar é um daqueles exercícios cognitivos de valor para toda a vida”.
Um dos maiores visionários nesse campo foi o matemático Seymour Papert, do MIT, que, nos anos de 1970, bolou um criativo sistema pelo qual os alunos iam traçando suas trilhas acadêmicas ao seu ritmo e gosto, sempre incentivados a ir mais longe.
A meta era que criassem, eles também, os próprios desafios intelectuais. Mas para Papert a verdadeira revolução viria quando as máquinas começassem a aprender sozinhas, tal qual se vislumbra nos dias de hoje.
Educadores de todo o canto têm o justificado temor de que o aluno delegue responsabilidades, deixando de lapidar o pensamento crítico e confiando demais em robôs, altamente falíveis. São ponderações válidas, que devem permear o emprego de qualquer tecnologia, mas não encerram o assunto. “Estamos diante de uma oportunidade única de repensar a educação nos tempos atuais”, acredita Isotani, conselheiro da Bett Brasil.
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