Especialistas abordam os impactos da inovação na educação em painel na Arena Startups
Durante a 29ª edição da Bett Brasil, maior evento de Inovação e Tecnologia para a Educação da América Latina, a Arena Startups trouxe o painel internacional “Uma visão sobre inovação e startups”, mediado pelo CBO e co-fundador da School Guardian e membro do conselho consultivo da Asociación Ibero-Americana de EdTechs, Léo Gmeiner, e debatido pelo inglês Peter Doyle, policy analyst da British Educational Suppliers Association (BESA); e pelo mexicano Fernando Valenzuela, CEO da Edlatam Alliance e membro do conselho consultivo da Asociación Ibero-Americana de EdTechs.
Doyle abordou o tema de como a associação apoia as escolas nas gestões administrativas e financeiras por meio dos dados e traçou um panorama sobre o ambiente fiscal do Reino Unido. A BESA, com 90 anos de atuação, atende cerca de 400 clientes apenas no Reino Unido, entre eles, Oxford University Press and Assessment, Pearson e TTS, e tem uma receita total de quase US$ 2,2 bilhões.
Já Valenzuela foi o primeiro latino-americano a ganhar o Prêmio Visionário Global, em 2022, pela Etech Digest, nos Estados Unidos, pelo trabalho realizado de forma colaborativa com a comunidade. “A colaboração acontece quando você para de pensar que a outra instituição ou empresa é um concorrente”, enfatizou.
O executivo, que iniciou sua atuação com EdTechs em 2009, mostrou como foi difícil crescer e se superar em um mercado que, no ano de 2010, teve receita de investimentos de apenas meio milhão de dólares em todo o mundo.
A educação e a era digital
Valenzuela apontou questões essenciais sobre a educação e tecnologia, reforçando que a concorrência no setor não tem sentido quando se fala das inovações voltadas para o mercado educacional.
“Aquela empresa que pode ser vista como concorrente também está resolvendo problemas na educação. O desafio é bem maior quando todos os concorrentes juntos não conseguem resolver a educação”, disse.
Segundo ele, para haver essa transformação na educação é preciso que o olhar seja de fora para dentro. “A educação é a mesma, as pessoas são as mesmas, o professor, o aluno, a regulação, a tecnologia são os mesmos. Todos os desafios que temos aqui, existem também na Finlândia, em Singapura, na Alemanha. No final das contas, ninguém está preparado para a evolução digital que experimentamos. O que temos que fazer não é ensinar com tecnologia, mas ensinar para o mundo digital e isso muda tudo, pois, ninguém estava preparado”.
Valenzuela, que junto com Léo Gmeiner, faz parte do Future Hacker, uma rede global de inteligência artificial, que conta com experts em Pedagogia, Tecnologia e de Capital, mencionou que a educação precisa ser incluída em tantos outros setores para alcançar maior desenvolvimento.
“Estamos olhando fora da educação, em setores como entretenimento, gaming, social media, fashion, alimentação, hospitalidade etc. Desenvolvi um estudo no ano passado comparando o número de atividades de social media com a educação e 5% do que acontece nas redes sociais é sobre educação e 15% no segmento de games”, contou Valenzuela.
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