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07 mar 2023

Inovação disruptiva: a transformação de setores tradicionais e os benefícios para a educação

Leo Gmeiner
Inovação disruptiva: a transformação de setores tradicionais e os benefícios para a educação
Saiba como algumas ferramentas podem apoiar o início do processo de transformação digital em instituições de ensino


 

A tecnologia tem sido um grande agente de transformação em diversos setores, e isso não é diferente quando falamos de mobilidade urbana e varejo, por exemplo. Soluções inovadoras têm mudado completamente a maneira como esses segmentos funcionam, gerando uma verdadeira disrupção no mercado.

Na mobilidade urbana, aplicativos como Uber e 99 revolucionaram a forma como as pessoas se locomovem nas cidades, tornando o transporte mais eficiente e acessível. Nas entregas, Loggi, Lalamove e naPorta que, em suas especialidades, como entrega em áreas com dificuldade de acesso no caso da naPorta, mudaram como recebemos itens em casa. No varejo, a Amazon trouxe a conveniência das compras online e a entrega em tempo recorde, fazendo com que muitas lojas físicas precisassem se reinventar para acompanhar o ritmo do mercado.

Mas o que essas transformações podem ensinar para a educação? Como podemos aplicar esses mesmos métodos de inovação disruptiva nas instituições de ensino?

A primeira lição que podemos aprender é que a inovação não acontece de uma hora para outra. É preciso identificar os problemas reais e relevantes da instituição pela qual atuamos ou do setor como um todo, além de estudar e entender as tendências e soluções disponíveis no mercado. A partir disso, é possível criar soluções realmente inovadoras e que possam gerar disrupção no mercado educacional.

E é importante trabalhar em colaboração com diferentes atores do ecossistema educacional, como gestores, educadores, alunos e familiares, pois a implementação de qualquer inovação será mais eficaz e menos dolorida se houver uma união de esforços, ideias e ações.

Outro ponto crucial é a necessidade de experimentação e adaptação constante, a exemplo do que acontece com as startups que veem as mudanças, tão constantes no mercado, como algo normal. Essa atitude nos permite sempre estar atualizados para testar novas soluções e a adaptar o que não funciona.

Na prática, para problemas no setor educacional, você pode utilizar diversas ferramentas, que listo abaixo, mas sempre comece pela detecção de um problema que gera prejuízo (emocional, relacional, financeiro, operacional etc.) para um número relevante de pessoas ou empresas.

Depois disso, entreviste algumas dessas pessoas e entenda se isso é verdade para elas, que tipo e qual intensidade de dores esse problema causa e, sobretudo, como elas se relacionam e resolvem esse problema hoje.

Com essa visão mais apurada sobre o problema, ferramentas como essas abaixo te ajudarão a desenhar e validar as soluções que serão idealizadas:

Design thinking: essa abordagem tem como foco o usuário e sua experiência. Com ela, é possível entender as necessidades e desejos dos alunos, professores e outros públicos envolvidos na educação para criar soluções que atendam a essas demandas;

Canvas da Proposta de Valor: a ferramenta auxilia na definição da proposta de valor de um produto ou serviço, ou seja, o que ele oferece e como se diferencia dos demais. No contexto educacional, pode ser utilizada para criar soluções que atendam às necessidades específicas dos alunos, professores e gestores, por exemplo;

Business Model Canvas: esse recurso ajuda a mapear as principais atividades e recursos envolvidos em um negócio ou projeto. Com ela, é possível visualizar a estrutura do projeto e identificar pontos de melhoria.

Essas são apenas algumas das ferramentas que podem ser utilizadas para gerar soluções inovadoras em educação. É fundamental lembrar que a inovação é um processo contínuo e que cada caso exige um método específico. O mais importante é estar aberto a experimentar e testar novas ideias e soluções, sempre em colaboração com os diferentes atores do ecossistema educacional.

Por fim, é importante lembrar que a inovação não precisa ser necessariamente tecnológica. Muitas vezes, soluções simples e criativas podem gerar grandes mudanças. A chave é ter uma mentalidade de inovação e estar sempre disposto a buscar novas formas de solucionar os problemas educacionais.

Livros de referência: Business Model Generation: Inovação em Modelos de Negócios, Alexander Osterwalder e Yves Pigneur; A startup enxuta: Como usar a inovação contínua para criar negócios radicalmente bem-sucedidos, Eric Ryes; Design Thinking: Uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas ideias, Tim Brown.

Sobre o autor: 


*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Bett Brasil.

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