O Brasil é o principal mercado de startups de educação na América Latina. Atualmente, existem 898 edtechs ativas no ecossistema de startups latino-americano e a maior fatia está localizada no Brasil, com quase 70% do total, segundo o EdTech Report 2024, divulgado pela plataforma Distrito.

Entre 2015 e o primeiro trimestre de 2024, as startups de educação na região captaram cerca de US$ 600 milhões em 316 rodadas de investimento e o Brasil foi o grande catalisador desses aportes, somando US$475,6 milhões.

“Essa expansão do mercado de tecnologia educacional revela que a contribuição das edtechs para a Educação é muito significativa e abrangente, com soluções desde ferramentas de gestão escolar e comunicação às plataformas para a personalização da experiência de aprendizagem de cada aluno. As últimas edições da Bett Brasil acompanharam de perto esse movimento com a escalada de empresas do setor que participam do evento”, afirma a diretora-geral da Bett Brasil, Claudia Valério.

Neste contexto, a Bett Brasil lança o prêmio ‘Bett Brasil Edtech Awards’, iniciativa que reconhecerá edtechs com soluções inovadoras para a educação. A premiação contempla tanto iniciativas voltadas diretamente ao ensino e aprendizagem quanto aquelas que apoiam a gestão escolar em áreas como finanças, RH, marketing, comunicação, administração e tecnologia.

A premiação será entregue presencialmente na 30ª edição da Bett Brasil, que será realizada de 28 de abril a 1º de maio, no Expo Center Norte, em São Paulo. O ‘Bett Brasil Edtech Awards’ conta com o apoio do Instituto Significare.

Inscrições e premiação

As inscrições para o prêmio são gratuitas e começam nesta segunda-feira (10/02) exclusivamente pelo site da premiação no link: bettbrasil.com.br/edtechawards. O período de inscrições vai até o dia 31 de março.

O prêmio é aberto a startups do Brasil que oferecem soluções para o setor de educação, com CNPJs ativos, em todos os estágios de maturidade. O regulamento completo para concorrer ao prêmio pode ser conferido aqui. 

O ‘Bett Brasil Edtech Awards’ conta com três categorias, estabelecidas com base nas fases mais importantes do ciclo de vida de uma startup:

• Categoria Early Stage: para organizações em fase de validação da ideia, com faturamento de até R$ 500 mil por ano.
• Categoria Traction: para organizações que já possuem um produto ou serviço com demanda comprovada e que crescem de forma consistente, com faturamento anual de R$ 500 mil até R$ 10 milhões.
• Categoria Scale-up: para organizações que cresceram durante os três últimos exercícios a uma taxa anual superior a 20% em número de trabalhadores ou faturamento. Sendo o faturamento anual superior a R$ 10 milhões.

No dia 18 de abril, serão divulgadas as nove edtechs que concorrerão à final (três por categoria). As finalistas apresentarão um pitch de cinco minutos sobre o seu negócio no dia 1º de maio, no palco da 30ª edição da Bett Brasil.

A escolha das startups vencedoras de cada categoria será feita após as apresentações para uma comissão julgadora constituída por especialistas convidados pelos organizadores do prêmio Bett Brasil Edtech Awards.

• Inscreva-se para o Bett Brasil Edtech Awards

O vencedor de cada categoria vai receber um troféu exclusivo, certificado, um Table Top para participação na Arena Bett Startup 2026 e mentoria especializada, além da oportunidade de divulgar sua marca para toda a comunidade educacional.

Além dos vencedores escolhidos pela banca avaliadora, o público também elegerá a 'startup de destaque' por sua relevante contribuição à educação.

Edtechs na Bett Brasil

A Bett Brasil renovou o seu Conselho Consultivo com a inclusão do Comitê Edtechs para aprimorar o olhar do evento para esse ecossistema. O Conselho Bett é responsável por apoiar estratégias e iniciativas, indicar tendências e fomentar o relacionamento com o setor educacional ao longo do ano todo.

Entre os integrantes da banca avaliadora do ‘Bett Brasil Edtech Awards’, estão membros do Comitê Edtechs, são eles: o fundador e CEO da School Guardian, Leo Gmeiner; o fundador e CEO da Learnbase e embaixador de Empreendedorismo Social da London School of Economics no Brasil, Lars Janér, e o diretor de Educação e Edtechs da Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE), Otavio Pinheiro.

Para Gmeiner, CEO da School Guardian, o impacto das edtechs na educação brasileira depende diretamente da conexão entre suas soluções e os desafios reais enfrentados por instituições de ensino e empresas.

"Quando as soluções das edtechs estão verdadeiramente embasadas nos problemas reais e relevantes, o poder transformador dessas startups é incrível", afirma.

Segundo ele, a inovação surge justamente por essas empresas desenvolverem tecnologias a partir da perspectiva de quem vivencia os desafios educacionais. "Por isso, é essencial estabelecer um canal fluido de diálogo entre os desenvolvedores de soluções e os gestores de escolas, universidades e empresas", destaca.

Janér, embaixador de Empreendedorismo Social da London School of Economics no Brasil, ressalta que o impacto das edtechs se estende por diversas áreas do setor educacional, ampliando o acesso a conteúdo de qualidade, especialmente em regiões com menos recursos.

"Elas ajudam a personalizar o ensino, permitindo que cada aluno aprenda no seu próprio ritmo", explica. Além disso, as edtechs estão revolucionando o uso de dados educacionais, auxiliando gestores e professores na tomada de decisões mais precisas. "Outro ponto essencial é o apoio à formação continuada dos professores, que é fundamental para o sucesso educacional", acrescenta.

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