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Letramento de Dados para uma Educação Emancipadora

Charles Pimentel
Letramento de Dados para uma Educação Emancipadora
Vivemos a Era dos Dados. Como a escola do século XXI pode preparar educandos e educadores para essa realidade?

A escola do século XXI chegou há mais de 20 anos, fato que o calendário não nos permite contrariar. Essa escola encontra nos desafios da atualidade a necessidade de promover uma educação para o protagonismo estudantil, a autonomia intelectual, a responsabilidade ambiental e social. Essas são habilidades cada vez mais necessárias e valorizadas para uma formação holística do indivíduo.

A discussão sobre a implementação de ações educacionais disruptivas, que rompam com o status quo, não são recentes. O filósofo e pedagogo norte-americano John Dewey (1858-1952) indicou a necessidade da escola ser um espaço de formação integral do indivíduo, incorporando teoria e prática. Seymour Papert (1928-2016), matemático, educador e cientista da computação nascido na África do Sul, destacou que o papel do professor é o de criar condições para a exploração e criatividade, permitindo que os educandos construam e experimentem suas ideias de forma independente e as expressem por meio do uso de tecnologias digitais.

O educador e filósofo brasileiro Paulo Freire (1921-1997), apontou que a educação deve proporcionar o desenvolvimento de uma leitura crítica do mundo, promovendo a liberdade de o indivíduo ter seu próprio ponto de vista sobre sua realidade. Essa abordagem é urgente na Era dos Dados em virtude da imensa quantidade de informação que atualmente é produzida e disponibilizada por diferentes meios de comunicação.

Nesse sentido, o Letramento de Dados conecta a sala de aula com a realidade que cerca o educando, promovendo uma Cultura de Dados, e tornando o indivíduo fluente nesse domínio. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC, 2018) destaca a importância de se propor na escola iniciativas para que o estudante aprenda a trabalhar com dados como caminho para tomar boas decisões e identificar a veracidade de informações que circulam na sociedade.

“Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta” (BNCC, 2018, p.9)

Assim, no contexto no qual a nossa sociedade está inserida, em que se intensificam as discussões sobre o uso de tecnologias como Inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas (IoT - Internet of Things) e Big Data, a sala de aula estática que não dialoga com a realidade em constante movimento do mundo atual perde valiosos insights de aprendizagem.

O valor dos dados

Considerando que vivemos numa sociedade tecnológica, conectada e em rede, um dos combustíveis essenciais para impulsionar essa sociedade são os dados. Os dados desempenham um papel crucial na economia digital e na tomada de decisões estratégicas. Eles são a matéria-prima que impulsiona a inovação, permitem o desenvolvimento de novas tecnologias e alimentam a IA.

Segundo Davenport (1998), dados são observações sobre o estado do mundo. São, analogamente, considerados como um conjunto de fatos em estado bruto a partir dos quais podem ser tiradas conclusões. O matemático britânico Clive Humby afirma que “Dados são o novo petróleo”, referindo-se ao valor que esse ativo possui no presente. Vivemos a Era dos Dados, e saber lidar com o poder que esse recurso tem para se tomar ações embasadas em fatos é uma habilidade importante a ser desenvolvida por todo cidadão. 

Porém, dados brutos são como o petróleo bruto. Para ter valor, o petróleo precisa ser refinado, assim como os dados precisam ser processados e analisados para se tornarem informações úteis e relevantes. O Letramento de Dados desempenha um papel fundamental nesse processo, capacitando as pessoas a compreender, interpretar e extrair insights significativos dos dados, permitindo uma tomada de decisão mais informada e uma compreensão aprofundada do mundo ao seu redor.

Segundo o Massachusetts Institute of Technology (MIT) o Letramento de Dados, também conhecido como Alfabetização em Dados, refere-se à habilidade de ler, trabalhar com, analisar e argumentar com dados. Jordan Morrow (2021), considerado “guru” em Letramento de Dados, destaca que a habilidade de argumentar está diretamente relacionada à comunicação com dados, o que é de grande valor quando se trata de processos pessoais, interpessoais e corporativos.

Fluxo do Letramento de Dados

Fluxo do Letramento de Dados: Ler, Trabalhar com, Analisar e Comunicar com dados

Letramento de Dados na Educação Básica: Implicações éticas, Privacidade e Infodemia

O desenvolvimento da Fluência em Dados é um caminho que permite à escola se inserir de forma significativa em sua realidade local, regional e global, transformando o mundo em um livro didático constantemente atualizado e repleto de questões relevantes. 

É importante considerar que uma educação que liberta promove o pensamento crítico e a autonomia intelectual, capacitando o educando a se tornar pesquisador e explorador do mundo que o cerca, habilidades essenciais na sociedade atual.

Em atividades do currículo escolar na área de Ciências Humanas e Sociais, o Letramento de Dados proporciona, por exemplo, a possibilidade de conectar a história das revoluções industriais à temáticas como ética e moralidade. Essa perspectiva permite reflexões importantes sobre questões como poder, domínio e política na era digital. 

Além disso, as Ciências Matemáticas, impulsionadas por Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, colaboram com a leitura e análise das informações disponibilizadas pelos meios de comunicação, confrontando-as com dados abertos provenientes de fontes confiáveis. A busca por essas fontes confiáveis é um aspecto crucial explorado pelo Letramento de Dados.

Algumas temáticas são proeminentes e importantes de serem levadas para a sala de aula, como privacidade de dados e uso de Aplicativos e Redes Sociais, além de debates sobre Inteligência Artificial e Fake News. Esses tópicos têm um impacto significativo em nossas vidas diárias e explorá-los na escola pode capacitar os alunos a desenvolverem uma compreensão mais profunda, crítica e consciente sobre as dinâmicas e os desafios presentes nesses campos.

Aplicativos: a discussão sobre o uso de dados pessoais do cidadão comum para obtenção de vantagens no mercado é um tema recorrente e importante de ser debatido. Em 2012, a revista New York Times publicou um alerta por meio do artigo chamado “Como as empresas descobrem seus segredos” que mencionava como a varejista norte-americana Target usava técnicas de análise de dados de aplicativos de ciclo menstrual para identificar clientes que estavam grávidas e direcionar anúncios e ofertas relacionadas a produtos para bebês.

Casos como esse são comuns pois a leitura atenta dos termos e condições de uso dos aplicativos não é uma cultura dos usuários, permitindo, assim, que suas informações pessoais sejam coletadas e compartilhadas sem plena consciência dos potenciais riscos e consequências envolvidos.

Redes Sociais: uma pesquisa realizada por pesquisadores de Cambridge e Stanford, citada em uma matéria da Revista Galileu (Galileu - O Globo, 2015), revelou que o Facebook tem uma capacidade (surpreendente) de conhecer uma pessoa com base em seus likes. De acordo com o estudo, a cada 10 likes o Facebook é capaz de compreender melhor a pessoa do que um colega de trabalho. A cada 70 likes, o Facebook supera até mesmo um amigo ou colega de quarto em termos de conhecimento. E a cada 150 likes, o Facebook se mostra mais eficiente do que um parente para entender a pessoa em questão. 

O documentário "Privacidade Hackeada", lançado em 2019, expôs uma investigação sobre a empresa Cambridge Analytica, revelando como ela utilizou dados do Facebook para influenciar as eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2016 por meio de propaganda direcionada. Essa descoberta levantou questões sobre a proteção de dados e a manipulação das informações pessoais dos cidadãos americanos para obtenção de vantagens políticas. 

Inteligência Artificial: Joy Buolamwini, uma estudante de pós-graduação do MIT, desempenhou um papel fundamental no debate a respeito de falhas em algoritmos de inteligência artificial na área de visão computacional. Ao realizar testes, Joy descobriu que o algoritmo, treinado com dados enviesados, não reconhecia corretamente os rostos de pessoas negras do sexo feminino. Diante dessa descoberta, ela empreendeu uma batalha judicial nos tribunais americanos para evidenciar e comprovar os vieses existentes nos dados que alimentavam esses algoritmos. A história pode ser conferida no documentário "Coded Bias" lançado em 2020.

Essa luta de Joy Buolamwini serviu como um importante alerta sobre a necessidade de abordar e corrigir os vieses algorítmicos para promover sistemas mais justos e equitativos. O filme também destaca a importância do Letramento de Dados e da responsabilidade coletiva na busca por soluções mais justas e éticas no uso dessas tecnologias. O caso destaca a relevância do elemento humano na Era dos Dados.

Fake News: Um outro tema que converge como a realidade da sociedade em que vivemos é a Infodemia. Esse termo foi popularizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) durante a pandemia de COVID-19 e é definido como “um excesso de informações, algumas precisas e outras não, que tornam difícil encontrar fontes idôneas e orientações confiáveis quando se precisa”. Nesse contexto, surgem desinformações e notícias falsas (Fake News). 

Para combater teorias da conspiração e guerras de discurso, que usam a manipulação de dados e a distorção de informações reais para criação de retóricas enviesadas, ações voltadas à transparência, educação em mídia e promoção do pensamento crítico são essenciais.

Por exemplo, em 2020 os meios de comunicação divulgaram amplamente que as queimadas na região do Pantanal aumentaram 210% em relação ao ano anterior. Independente das questões relacionadas a decisões políticas e as causas climáticas relacionadas a esse crescimento, primeiramente seria importante identificar se esse aumento percentual foi real. Um potente tema para ser levado para a sala de aula.

Em 2021, uma ação voltada para Letramento de Dados com estudantes e educadores da educação básica realizada pelo projeto de extensão universitária InformAção do Instituto de Computação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), promoveu uma importante discussão inspirada no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 15, Vida Terrestre. 

A atividade com o tema “Queimadas no Pantanal” comparou o noticiário dos meios de comunicação de 2020 relacionados a área devastada no bioma, com dados abertos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia da UFRJ (LASA).

A construção dessa atividade contou com uma equipe multidisciplinar de educadores, convergindo para mais um passo na democratização de atividades voltadas para a educação básica. O projeto InformAção segue ativo, realizando ações de formação docente e discente em escolas da rede pública e privada.

InfomAção

InfomAção: Extensão universitária do Instituto de Computação da UFRJ

Assim, para combater essa atual epidemia de desinformação e colaborar com uma sociedade mais justa e democrática, ações voltadas para o Letramento de Dados se tornam urgentes. Na próxima seção é apresentada uma estrutura de como essas ações podem ser implementadas nas escolas.

Letramento de Dados na prática:

Para o desenvolvimento de atividades relacionadas a Letramento de Dados, é fundamental estabelecer uma estratégia significativa e contextualizada por meio de uma metodologia que seja ativa, como por exemplo a Aprendizagem Baseada em Projetos. 

Nessa abordagem, o tema gerador da proposta pode ser uma questão relevante local, regional ou global. É de extrema importância que as atividades relacionadas a ler, trabalhar com, analisar e comunicar com dados estejam conectadas com o mundo real.

Para se tornar alfabetizado em dados não é necessário possuir formação em Ciência de Dados, mas é importante compreender os quatro níveis da análise de dados: análise descritiva, diagnóstica, preditiva e prescritiva (Morrow, 2021).

  • Análise descritiva: serve para descrever os dados, incluindo características relevantes, qualidades e eventos - o que acontece;
  • Análise diagnóstica: identifica a natureza de uma questão ou problema, examina os sintomas e busca insights - por que acontece;
  • Análise preditiva: anuncia um comportamento antecipadamente - o que pode/vai acontecer;
  • Análise prescritiva: sugere uma solução adequada para o possível comportamento que foi apontado - o que fazer.

Além disso, é preciso cultivar uma atitude educacional emancipadora caracterizada pela curiosidade, criatividade e pensamento crítico, reconhecendo que o Letramento de Dados potencializa o elemento humano no uso dos dados. Essas atitudes são essenciais para identificar vieses e discriminações presentes nas tecnologias utilizadas na tomada de decisões, bem como para promover reflexões analíticas acerca das informações disponibilizadas pelos meios de comunicação. Tal competência é relevante para o público em geral, estudantes, educadores e gestores públicos e privados, auxiliando-os a compreender e enfrentar os desafios associados ao uso de dados e informações em suas respectivas áreas de atuação.

No caminho para a criação de uma Cultura de Dados, como agente potencializador de discussões relativas a temas atuais, o Letramento de Dados pode seguir diferentes estruturas. Para começar, por exemplo, é importante organizar com os participantes um dicionário de dados, criando um glossário que descreve as variáveis e termos usados. Da mesma maneira, é relevante definir a temática, identificando um problema ou situação que se deseja explorar. 

Neste sentido, sugere-se que o educando desenvolva as seguintes habilidades: 

1. Refletir e fazer boas perguntas: pensar criticamente sobre os dados e formular perguntas relevantes. 

2. Tratar os dados: preparar os dados para análise. Isso pode envolver limpeza e transformação dos dados, como lidar com valores ausentes, remover duplicatas, padronizar formatos, normalizar escalas, entre outros procedimentos.

3. Analisar e encontrar insights: usar visualizações e técnicas de análise para compreender os dados e obter insights. 

4. Comunicar e argumentar com dados: comunicar as descobertas de forma clara e persuasiva, usando visualizações e relatórios. 

5. Ética e legislação dos dados: considerar as questões éticas e legais relacionadas aos dados, incluindo privacidade e conformidade com regulamentos.

Ferramentas: ferramentas gratuitas, como o Google Sheets e o Google Data Studio, podem ser usadas de forma complementar, oferecendo recursos poderosos para ações em sala de aula, e colaboram para a promoção de atividades multidisciplinares, ativas e significativas.

Letramento de Dados em ação

Letramento de Dados em ação: Google Sheets e Google Data Studio

Letramento de Dados, Temas Geradores e Aplicações

Os Temas Geradores (Freire, 1971) são importantes elementos para que as atividades de Alfabetização em Dados possam ser realizadas, podendo ser questões locais, regionais ou globais. Para essa finalidade, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são uma potente fonte de inspiração.

A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável (ONU BRASIL, 2022) é caracterizada por “um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade”. A seguir, são apresentados alguns exemplos de aplicações da análise de dados para promover reflexão sobre os ODS, dialogando com o currículo escolar por meio de metodologias ativas.

ODS - Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas

ODS - Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas

Robótica Educacional e Ciências da Natureza: ao utilizar sensores de plataformas eletrônicas como Arduino e GoGo Board, os estudantes podem coletar dados ambientais relevantes para as ciências da natureza, como umidade do solo, umidade do ar, qualidade do ar e pressão atmosférica. 

Essa coleta de dados possibilita investigar fenômenos naturais, explorar as interações entre os elementos do ambiente e analisar padrões e relações. Além disso, os estudantes podem criar soluções práticas para desafios ambientais (ODS 13), utilizando a automação e prototipagem para desenvolver dispositivos personalizados e projetos de soluções. Essas atividades promovem o interesse pela ciência, desenvolvem habilidades científicas e proporcionam uma compreensão mis profunda do mundo natural.

ODS 13

Dados abertos governamentais e Linguagens: o conceito de Dados Abertos não é amplamente conhecido pela população em geral, mas é um tema importante a ser abordado em sala de aula e é uma potente fonte para se desenvolver habilidades de interpretação e argumentação. 

Os Dados Abertos são definidos como "uma metodologia para a publicação de dados governamentais em formatos reutilizáveis, visando aumentar a transparência e promover maior participação política por parte dos cidadãos". Instituições como a Câmara dos Deputados, o Senado, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Ministério da Saúde são exemplos de órgãos que disponibilizam seus dados de forma aberta. 

Por exemplo, como supracitado, uma atividade com o tema “Queimadas no Pantanal” pode ser debatida utilizando dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e compará-los com notícias divulgadas pelos meios de comunicação. Dessa maneira, é possível promover debates e insights relevantes em sala de aula para discutir o combate às fake news e promover a consciência da importância de se preservar os biomas (ODS 15). 

Essas atividades permitem que os estudantes explorem a importância da análise crítica de informações, a compreensão dos dados e a avaliação da confiabilidade das fontes. 

ODS 15

Pesquisas primárias e Ciências Humanas e Sociais: ao realizar pesquisas primárias, como questionários, entrevistas e grupos focais na sua própria escola, os estudantes têm a oportunidade de abordar temas relevantes para a comunidade escolar e promover reflexões significativas. 

Temas como infraestrutura da escola, bullying, questões de gênero e melhorias no processo de ensino e aprendizado podem ser exploradas pelos próprios estudantes, resultando em contribuições valiosas para aprimorar a qualidade da educação (ODS 4).

Essas pesquisas permitem que os estudantes se envolvam ativamente na coleta de dados, analisem as respostas obtidas e tirem conclusões embasadas em suas próprias experiências. Ao envolver os estudantes nesse processo, a escola promove a participação ativa dos alunos, incentivando o protagonismo estudantil, o pensamento crítico e a capacidade de expressar suas opiniões e preocupações. 

ods 4

Conclusão

O Letramento de Dados para a Fluência de Dados é essencial na educação do século XXI e desempenha um papel fundamental na educação emancipadora. Capacitando os estudantes a compreender, interpretar e comunicar dados de forma significativa, ela prepara os alunos para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades oferecidas pela Era dos Dados.

Através do Letramento de Dados, os alunos desenvolvem habilidades de leitura, análise e comunicação com dados, tornando-se pensadores críticos e tomadores de decisão informados. Essas habilidades são essenciais na atualidade, onde a capacidade de coletar, analisar e agir com base em dados é crucial para o sucesso.

A integração do Letramento de Dados pode ocorrer de forma multidisciplinar, por meio de abordagens contextualizadas, possibilitando que os alunos apliquem essas habilidades em diferentes áreas do conhecimento. Além disso, o uso de ferramentas gratuitas como o Google Sheets e o Google Data Studio potencializa o aprendizado, tornando as atividades mais envolventes e práticas.

Dessa forma, o Letramento de Dados, aliado à educação emancipadora, capacita os alunos a enfrentar os desafios do mundo atual, explorar oportunidades e tomar decisões embasadas em dados. 

Sobre o autor:


*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Bett Brasil.

Referências:

BRASIL. Ministério da Educação. “Base Nacional Comum Curricular”. Brasília: MEC, 2018.

Davenport, Thomas H. "Ecologia da informação: porque só a tecnologia não basta para o sucesso na era da informação", 1998.

Freire, Paulo. "Pedagogia do oprimido", 1971.

Galastri, Luciana. "O Facebook te conhece melhor do que sua mãe - e só precisa analisar 150 de seus 'curtir' para isso." O Globo - Revista Galileu, 14 Jan. 2015, revistagalileu.globo.com/Tecnologia/Internet/noticia/2015/01/o-facebook-te-conhece-melhor-do-que-sua-mae-e-so-precisa-analisar-150-de-seus-curtir-para-isso.html. Acesso em: 9 Jul. 2023.

Morrow, Jordan. “Be data literate: The data literacy skills everyone needs to succeed”. Kogan Page Publishers, 2021.

ONU BRASIL. “Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil”. Nações Unidas Brasil. 2022. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/sdgs. Acesso em: 8 jul. 2023.

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