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Martha Gabriel fala sobre IA na educação em palestra na Bett Brasil

Educador21
Martha Gabriel fala sobre IA na educação em palestra na Bett Brasil
Especialistas incentivam educadores no uso de ferramentas tecnológicas sem distinção no setor educacional

Fã de ficção científica e autora de livros sobre robôs e a evolução da Inteligência Artificial (IA), Martha Gabriel falou, para um auditório lotado no fim do segundo dia de Bett Brasil, sobre os impactos da IA na educação. A palestrante brincou com o fato de haver, basicamente, duas “defesas” com base cinematográfica para essa questão: a turma do lado do “Exterminador do futuro” e quem acredita no “Homem bicentenário”.

A má — ou nem tanto — notícia nesse caso é que ambos os lados estão errados. Martha garantiu que a ciência ainda está bem longe desse estágio de desenvolvimento de IA, a chamada superinteligência. E enfatizou que é pouco provável que, quando chegarmos lá, os robôs ou androides evoluídos queiram destruir a humanidades: “Eles vão nos achar insignificantes”, avisou.

Na opinião da especialista, a educação precisa de novas regras e réguas para medir a nova realidade (que ela afirma ser “uma mentira combinada”). Só assim as competências podem ser ampliadas utilizando aquilo que a tecnologia faz. E disparou: “Uma pessoa mediana empoderada por tecnologia torna-se melhor que o maior expert humano trabalhando sem tecnologia”.

Entusiasta do uso de ferramentas tecnológicas, Martha Gabriel, com muito bom humor um sem-fim de informação sobre o assunto, afirmou que é muito importante estarmos preparados para a chegada da “Sociedade 5.0” — um conceito japonês que prevê uma sociedade fundamentalmente tecnológica, mas com as tecnologias centradas nos humanos. E avisa: “Para se manter relevante, tem que se fazer o que a tecnologia não faz”.

O professor sempre será insubstituível

Na terça-feira, dia 9, um painel especial realizado pela Microsoft, parceira global da Bett, reuniu especialistas para abordar o tema e as diversas formas de a Inteligência Artificial ser absorvida no currículo escolar. Na ocasião, os painelistas também deixaram claro que o professor não será substituído pela máquina.

“O professor tem o papel de educar com senso crítico, de analisar, fazer comparativos, utilizar atividades que mesclem ensino tradicional com tecnologia. O uso da Inteligência Artificial deve compor o ensino”, disse Silvia Scuracchio, diretora pedagógica e head de inovação da Escola Bosque.

Vera Cabral, diretora da Microsoft e moderadora do painel, foi taxativa: “A Inteligência Artificial é disruptiva, não permite mais que as coisas sejam feitas como antes. É preciso transformar. Não devemos ter medo, devemos transformar. Tecnologia não é inimiga, é aliada”.

Durante o painel “ChatGPT e Open AI – A transformação da Educação agora se impõe”, Silvia Scuracchio compartilhou alguns cases de sucesso da sua escola na utilização de tecnologia — inclusive IA em diferentes plataformas como programas de leitura avançada, treinador de discursos, fluência em leitura, gerador de imagens, entre outros.

“Temos várias soluções que deixam o aprendizado mais fluido, por exemplo, o Speaker Coach, que é um software de Inteligência Artificial que avalia entonação, ritmo, refinamento e dificuldade de palavras, contribuindo diretamente no aperfeiçoamento da escrita e da fala em público. Assim como as tecnologias facilitam o nosso dia a dia, elas podem facilitar também o ensino”, destacou a diretora da Escola Bosque.

Reportagem publicada originalmente no portal Educador21.

 

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