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04 jun 2024

Tem um mundo de boas inovações na educação pública do Brasil

por Leo Gmeiner
Tem um mundo de boas inovações na educação pública do Brasil
Busquei alguns casos e tive a oportunidade de conversar com algumas pessoas sobre o que têm realizado por esse Brasilzão

Algumas pessoas que leram o artigo anterior, deram sugestões valiosas para os seguintes. A primeira foi trazer alguns casos de inovação na educação pública no Brasil, por representarem 80% do universo da educação no nosso país (e é mais ou menos assim fora do Brasil também). Então, busquei alguns casos e tive a oportunidade de conversar com algumas pessoas sobre o que têm realizado por esse Brasilzão.

No Rio de Janeiro, por exemplo, o Instituto Apontar, da Ciça Melo, contribui para o desenvolvimento cognitivo e socioemocional de crianças e adolescentes com superdotação, oriundos de famílias de baixa renda. O impacto é impressionante, somente em 2023 foram atendidos mais de 600 alunos, de mais de 100 escolas, reverberando para mais de 1.800 familiares e os resultados também se mostram nas aprovações no vestibular: 86% dos alunos ingressaram em universidades públicas.

Eles fazem isso por meio de dois programas, o Arcos e o A+. No Arcos, os alunos de 4º e 5º anos têm aulas no contraturno de português, matemática e redação para ajudá-los a entrar em escolas públicas e privadas de excelência. Quando entram, em parceria com a iniciativa privada, o Apontar continua acompanhando alunos e famílias, além de arcar com custos de transporte, uniforme, material didático e passeios.

No Programa A+, adolescentes do 6º ao 9º ano das escolas municipais do Rio de Janeiro têm complementação e suplementação de português, matemática, inglês e tecnologia, além de elaborarem projetos de vida e de descobertas para depois também ingressarem em escolas privadas ou públicas de excelência, na segunda parte do programa.

Também aprendi com a Thais Pianucci, da Alura, sobre o Alura Start, que já atende 3 milhões de estudantes, em 7 mil escolas no Paraná, São Paulo e na cidade de Chapecó, levando educação para tecnologia, programação e letramento digital para alunos do ensino básico.

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E tudo começou em 2020, no estado do Paraná, com curso extracurricular, crescendo para o ensino integral e depois para o ensino médio, nos anos seguintes. Sempre alinhado à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), claro, e ainda abordam temas como cyberbullying, direitos autorais, pensamento crítico, entre outros, permeado no conteúdo programático.

Outro impacto importante é nas 26 mil professoras e professores que recebem formação para manejar o formato de vídeos, nem tão comuns quanto livros, e usado nessa plataforma para levar esse conteúdo para os estudantes. Nesse momento, a Alura Start prepara os conteúdos para criar os primeiros mecanismos do pensamento computacional para os estudantes dos anos iniciais.

Também fui muito bem recebido pelo Kaic Rannys, do Edufuturo, que é um grupo de tecnologia para a educação. Ele me apresentou algumas histórias interessantes, em especial, sobre o caso de sucesso que estão construindo em diversas municipalidades pelo Brasil, com mais de 100 mil alunos atendidos por todo país.

Com abordagem diferente, a Edufuturo fornece também os professores para as redes que atendem, que são previamente capacitados para levar os conteúdos em sala de aula invertida e baseados em cinco eixos de conhecimento, por meio de uma plataforma gamificada, para que os estudantes desenvolvam projetos, num formato mais parecido com o mercado de trabalho.

Um dos casos de sucesso está no interior de São Paulo, em Araçoiaba da Serra, onde já montaram cinco salas do futuro para atender o Fundamental 2, com robótica, programação, empreendedorismo e negócios.

Mas tem tanto mais acontecendo por aí… e pensando que inovação não precisa ser mirabolante, mas sim melhorar um processo, produto ou serviço, me lembrei da EEMTI Joaquim Bastos Gonçalves, escola pública do ensino médio em Carnaubal, no Ceará, que venceu o World’s Best School Prizes 2023, com o projeto Adote um Aluno.

Simples e eficaz. Não precisaram de uma plataforma elaborada ou muitas pressuposições. Os professores entraram em contato com psicólogos de diversas partes do país via redes sociais, para que pudessem atender, voluntariamente e online, os alunos que sofriam mental e emocionalmente na volta às aulas presenciais pós-pandemia. Você também pode assistir a um vídeo sobre o projeto, se preferir: EEMTI Joaquim Bastos Gonçalves, Brazil | Supporting Healthy Lives 2023.

Mas tem tanto mais acontecendo por aí…

Sobre o autor:

*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Bett Brasil.

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