Antes mesmo de a Bett Show UK começar, integrantes da delegação brasileira da Bett Brasil tiveram uma agenda cheia de eventos em Londres, nesta segunda (27) e terça-feira (28). Houve visitas à Ashcroft Academy, uma escola pública de ensino fundamental 2 e médio de Londres, ao King’s College e à Open University, duas instituições de ensino superior renomadas do Reino Unido. 

Mais de 150 pessoas de diversos segmentos educacionais fazem parte da comitiva brasileira na Bett Show 2023. Adriana Martinelli, diretora de conteúdo da Bett Brasil e responsável por organizar as visitas, reconhece que acomodar tantas pessoas e interesses foi complexo, mas avalia que os objetivos das visitas foram alcançados.

“O tamanho da delegação foi uma surpresa, mas as conexões estão acontecendo. Um pouco do DNA da Bett é esse: por meio de eventos aproximar as pessoas para gerar aprendizagens, projetos e negócio”, afirma Adriana. 

Os participantes gostaram da experiência de conhecer outras realidades. “Essa parte do evento é bem interessante, porque a gente consegue passar um pouco das experiências que está desenvolvendo, e conhecer projetos novos de educação”, afirma Andrei Amaral, gerente de projetos da Rede Nacional para Ensino e Pesquisa (RNP).

Também acreditam que esses momentos podem ajudar a fechar novos negócios. “O networking foi muito interessante, consegui entender quem faz o quê, que tipo de integração posso ter com cada um, pensando em fazer negócios”, diz Bianca Zancaner, empreendedora de uma startup.  

Jeito inglês na educação

Na Ashcroft Academy, os brasileiros puderam assistir a alguns momentos de aulas de inglês, matemática e ciências, além de conversar com coordenadores e professores. O alto nível de exigência quanto ao comportamento dos alunos foi um dos elementos que mais chamou a atenção. As regras rígidas de pontualidade, vestimenta e forma de falar ajudam a criar um ambiente propício ao aprendizado, segundo explicou Lisa Armstrong, que coordena os professores de ciências. “Recentemente uma aluna me perguntou porque não sou brava. Respondi que é porque não preciso; meus alunos se comportam muito bem”, disse.

No King’s College, recebidos pelo brasileiro Arthur Galamba, diretor de pós-graduação que forma professores de ciências na instituição, os participantes da comitiva conheceram como funciona a formação inicial docente no Reino Unido: pessoas com os mais variados diplomas entram numa pós-graduação de um ano, que tem 30% da carga horária cumprida em práticas nas escolas básicas. “Mas a primeira grande diferença em relação ao Brasil vem antes do início do curso: tem uma seleção rigorosa”, explica Galamba. 

A visita à Open University foi uma oportunidade de explorar os conceitos da escolaridade aberta, apresentados pela pesquisadora Alexandra Okada, que também é brasileira. “Na definição que a gente tem usado, a escolaridade aberta requer parceria entre as escolas e a sociedade, partindo de algo que importa para os estudantes e leve a uma ação Ela vai muito além de acesso a conteúdos abertos”, disse. A Open University, que oferece cursos a distância, é a maior instituição de ensino superior do Reino Unido em número de alunos. 

Acompanhe o Bett Blog e saiba tudo sobre a participação brasileira na Bett Show UK, maior evento global de Educação e Tecnologia, que irá de 29 a 31 de março.

 

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