Especialista explica a importância da alfabetização midiática no combate à desinformação
Durante o Congresso de Educação Básica, na 29ª edição da Bett Brasil, foi realizada a palestra inspiradora “Alfabetização midiática para combater a desinformação na era das TIC”, conduzida pela especialista Carmen Marta Lazo, diretora de Cursos Extraordinários e professora-titular de Jornalismo da Universidade de Zaragoza, na Espanha, e investigadora principal GICID (Grupo de Investigación en Comunicación e Información Digital) da mesma instituição.
Em seu painel, Carmen trouxe três questões importantes: as chaves da era que vivemos hoje, a era das tecnologias, da relação, da informação e da comunicação; o eixo central dessas relações como motor para o humanismo digital; e, por fim, a comunicação e a habilidades para a vida.
Carmen comentou que o educador e filósofo Paulo Freire é pai-fundador do conceito de Educomunicação, como também é chamada a alfabetização midiática. “Ele é o mestre que fundou as grandes ideias dessa pedagogia do oprimido, da esperança, que nos cativa pelo mundo e chegou à Europa e diferentes universidades”. Carmen também foi uma das entrevistadas da edição especial do Conexão Bett. Assista abaixo:
Também neste contexto, a especialista ressaltou que a democracia sofre impactos negativos por conta da desinformação. “Falamos sobre a alfabetização midiática no meu grupo de investigação da Universidade de Zaragoza, justamente, para combater o problema da desinformação. Especialmente, após a pandemia, muitas informações falsas transcendem as redes. Na Europa, temos o Eurobarómetro, uma série de pesquisas de opinião pública realizadas desde 1973, em nome da Comissão Europeia, sobre uma grande variedade de questões relacionadas à União Europeia em todos os seus Estados-membros e que apontou que o perigo das fake news é, essencialmente, contra a cidadania e contra a democracia”, disse Carmen.
Carmen enfatizou que a solução para o problema é a alfabetização midiática, para um contexto mais humano sobre cada aluno e sobre cada educador.
“A tecnologia é importante, mas o fundamental é a pessoa. A tecnologia é fria e muda. Vi aqui na Bett muitos estandes, com grandes empresas com softwares que vão mudando. A Inteligência Artificial se integrará cada vez mais à novas extensões e, amanhã, terá outro nome. Mas nós perduraremos. Como dizia Paulo Freire, ‘a pessoa é o centro’”, finalizou a espanhola.
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