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Sucesso de público e de negócios, Bett Brasil encerra edição com previsão de crescimento para o evento de 2024

Redação Bett Blog
Sucesso de público e de negócios, Bett Brasil encerra edição com previsão de crescimento para o evento de 2024
Evento é marcado por relevantes diálogos sobre os caminhos para a educação no ensino privado e público e pela exposição de soluções inovadoras para o ecossistema educacional; confira um resumo do último dia

A Bett Brasil, maior encontro de Educação e Tecnologia da América Latina, terminou na sexta-feira (12) em São Paulo cumprindo o objetivo de ser a maior e melhor edição do evento. Foram quatro dias de muito conteúdo com a agenda do Congresso Bett Brasil, Fórum de Gestores e Workshops e a feira de negócios que apresentou soluções, produtos e serviços de mais de 290 marcas expositoras.

O evento também apresentou nesta edição iniciativas que já conquistaram a comunidade educacional da Bett Brasil. Uma das novidades foi o lançamento do Ahead By Bett, um evento paralelo direcionado para a Educação Superior e Profissional com área de exposição e auditório com painéis de debate. Outra inovação foi o programa de reuniões Bett Conect@, que promoveu em dois dias mais de 550 conversas entre instituições educacionais e fornecedores de tecnologias e soluções para a educação.  

Com a intenção de promover a troca de experiências e fomentar as iniciativas das startups com foco em educação, o evento ampliou em 2023 o espaço destas empresas com um novo conceito de Arena Startups. A área de exposição das startups conta com 21 empresas e a agenda de conteúdo com palestras de assuntos relevantes para o segmento.

Arena Startups

Outro atrativo são as sessões com gestores de escolas apresentando suas principais ‘dores’ de operação e as sessões de pitch reverso, realizadas nos moldes do pitch tradicional, mas com papéis invertidos com os potenciais investidores fazendo a apresentação a empreendedores de startups que compõem a plateia. 

Expositores comemoram o sucesso da Bett Brasil 

Após quatro dias de evento, os expositores da Bett Brasil celebraram um balanço positivo pelo alto movimento de público visitante, o que foi refletido em oportunidades de geração de novos leads e o relacionamento com clientes e parceiros. Nesta edição, o evento recebeu um público recorde de mais de 35 mil pessoas. 

"A feira de negócios foi maravilhosa, uma oportunidade única de receber clientes, futuras escolas parceiras e apresentar o nosso material e diferenciais. Passaram pelo nosso estande até o terceiro dia mais de 1.500 pessoas. Nossas palestras estavam sempre lotadas de participantes. Falamos sobre saúde mental nas escolas; cultura de paz; empatia; cultura maker; os desafios da gestão escolar; ChatGPT, e os desafios de como usá-lo em sala de aula, entre outras. Estamos muito felizes com tudo o que colhemos na Bett Brasil 2023”, afirmou a coordenadora de Marketing da Conquista Educacional, Ana Luiza Perdigão.

A co-CEO do Edify Education, Marina Dalbem, também ressaltou o sucesso que o estande da empresa fez durante o evento. Ela contou que a ideia foi abordar as dores dos gestores escolares e apresentar as soluções bilíngues para escolas. “Os visitantes puderam explorar nossos recursos pedagógicos, como a ferramenta de planejamento de aulas Toolkit, nosso sistema de mensuração e o E-practice, que permitem atuar em cima das necessidades e desafios pertinentes à cada aluno, elevando a personalização do ensino. Estamos felizes em apresentar o que proporcionamos às escolas em um estande tão interativo e lúdico, que ficou com fila na entrada. Já estamos ansiosos para 2024", disse Mariana. 

Expositor expositor

A alta visitação na área de exposição foi reforçada pela gerente de Marketing e Inteligência de Mercado da Editora do Brasil, Helena Poças Leitão. “Estamos muito felizes por participarmos de mais uma edição da Bett Brasil. Nosso estande foi visitado por muitas escolas e gestores que puderam ver de perto nossas inovações, inclusive no Metaverso. Pudemos mostrar todas as novidades em produtos, nossa gama de serviços em EAD - e nossas palestras proporcionaram trocas valiosas de ideias. A interação com o público, parceiros e fornecedores que o evento nos proporciona é única”, afirmou Helena.

A diretora pedagógica do Sistema de Ensino pH, Aline Castro, comentou a ampla presença da base de escolas que são clientes da marca e a oportunidade de prospectar novos negócios. “Temos pessoas o tempo todo querendo ver o material no estande. Eu acredito que é um movimento muito forte das pessoas da área da educação querendo conhecer e ver o que tem de melhor para aprendizagens”, disse Aline. O diretor pedagógico do Sistema Anglo, Daniel Perry, também destacou o fortalecimento do relacionamento com as escolas que buscaram a empresa durante a Bett Brasil. 

"Este é o nosso primeiro ano de participação na Bett Brasil e podemos dizer que está superando as nossas expectativas pela divulgação e a dimensão do que é a feira de negócios. Além de toda a representatividade que traz para todo o mercado educacional no Brasil”, afirmou o diretor-geral da Aprende Brasil Educação, Fábio de Oliveira. 

Já o time da Office Total, tradicional expositora do evento, comemorou o interesse do público pelas soluções da empresa. “É a oitava edição da Office Total na Bett Brasil 2023. É um evento muito importante e uma vitrine para apresentar inovações e serviços úteis para o setor educacional. Nesta edição, contamos com um público sedento por informação, principalmente no que se refere à locação de equipamentos, ainda desconhecidos de alguns gestores. A nossa oferta de TI por assinatura está chamando a atenção nesse mundo educacional”, afirmou Poliana Rocha, gerente de Contas da Office Total.

expositor expositor

Em consenso, a Idealizadora da FourC Learning, Sara Hughes, salientou a importância do contato direto com o público para entender suas demandas por inovação na área de Educação. E a diretora de Desenvolvimento de Negócios em mercados de língua portuguesa da TestWe, Rafaela Manes, afirmou que percebeu o aumento na visitação em relação ao ano passado e o alto interesse na solução da empresa que tem integração ao ChatGPT. “É muito interessante para TestWe, rever antigos leads e também alguns clientes que a gente conseguiu assinar contrato graças à feira do ano passado”, revelou Rafaela.

A diretora pedagógica do Sistema Positivo de Ensino, Milena Fiuza, reforçou a beleza da feira de negócios que está, segundo ela, ‘agradável aos olhos’. “Expositores, espaços, soluções estão bem-organizadas, atraentes e, claro, com muito conteúdo. Sentimos que os participantes estão satisfeitos com toda energia encontrada durante os dias aqui”, comentou Milena.

O Grupo Educacional Opet (formado pela Editora Opet e pelo Centro Universitário UniOpet) está comemorando os seus 50 anos na Bett Brasil. “Estamos investindo em tecnologia, sim, mas sem perder o elemento de humanidade, de educação cidadã, que há 50 anos caracteriza a marca Opet. Na Bett Brasil, substituímos a distribuição de sacolas e papéis por QR Codes e informação digital, sempre com o apoio dos nossos consultores. E é justamente esse contato pessoal que permite construir parcerias verdadeiras, de longa duração: entender a escola, conhecer suas necessidades, conversar com os dirigentes, saber o que eles querem e fazer a diferença”, disse o diretor-geral da Editora Opet, Adriano de Souza. 

Educação midiática: o fim das fake news 

Tema do painel da sexta-feira (12), a educação midiática desempenha um papel fundamental no combate às fake news na sociedade contemporânea. À medida que a disseminação de informações se torna mais fácil e rápida com o avanço da tecnologia, é crucial que os indivíduos sejam capacitados com habilidades e conhecimentos para discernir entre informações verdadeiras e falsas e isso deve começar na escola. 

Fake news

Com participação do diretor da ZeitGeist - Educação, Cultura e Mídias e Co-chairman da UNESCO MIL Alliance, Alexandre Le Voci Sayad, e da CEO do Educar para Ser Grande e docente na USCS (Universidade São Caetano do Sul), Sandhra Cabral, foram apontados no painel diversos fatores que podem contribuir para o combate à desinformação no ambiente escolar. Ler, ouvir, questionar, perguntar, e, sobretudo, duvidar são os pressupostos para uma pedagogia de multiletramento informacional, aponta Sandhra Cabral, que já utiliza as mídias digitais para ensinar seus alunos.

Já Alexandre Sayad destacou a crise democrática como condição determinante na crise global da desinformação. "É imprescindível que se componha uma rede contra a desinformação", assinala. Foi também levantada a importância da valorização do jornalismo profissional e de qualidade e os ataques constantes à profissão. Por fim, assinalaram a urgência em gerar um pensamento crítico para a Inteligência Artificial.

Como desenvolver as competências socioemocionais por metodologias ativas

A crise de saúde mental - agravada pela pandemia - jogou mais luz na importância de desenvolver as competências socioemocionais nas escolas, pensando no bem-estar dos alunos e dos educadores. Na sexta-feira (12), a autora e professora do Instituto Singularidades, Carolina Costa Cavalcanti, e a diretora da Tríade Educacional, Lilian Bacich, participaram do Congresso Bett Brasil e abordaram a temática.

Carolina destacou que o suicídio entre cuidadores (educadores, profissionais da saúde e pais) são 40% maiores para homens e 130% para mulheres que o público geral, segundo um estudo da Universidade de Stanford (EUA). “Isso mostra que precisamos primeiro cuidar de quem cuida (educadores) porque ninguém pode dar o que não tem”, afirmou a professora.

Ela explicou que a aprendizagem socioemocional é uma ação preventiva dos problemas de saúde e que a organização Casel (The Collaborative for Academic, Social and Emotional Learning) classifica em cinco pilares as habilidades que podemos aprender para atingir esse objetivo: autoconhecimento, consciência social, habilidades de relacionamento e tomada de decisões responsáveis.

socioemocional

Neste sentido, as metodologias ativas oferecem um meio de desenvolvimento socioemocional. “Não é possível ensinar a ser empático, por exemplo, lendo um livro. É preciso praticar a empatia”, pontuou Carolina.  

A diretora da Tríade Educacional apresentou um case de uma escola pública que mostrou na prática como a implementação de um projeto STEAM (acrônimo em inglês para Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática), que é uma metodologia ativa baseada na resolução de problemas por meio de projetos, foi utilizada para o promover as competências socioemocionais de alunos. 

No projeto, os alunos de uma escola localizada em Piracicaba (SP) fizeram uma maquete com a criação de uma praça de área comum para a comunidade pensando na revitalização de um terreno abandonado situado ao lado da escola. Em depoimento da orientadora do projeto em vídeo, ela falou sobre como foi importante para os alunos a convivência com os moradores da região para levantar ideias e todo o trabalho em conjunto realizado entre eles. Segundo ela, o projeto foi realizado por uma turma de recuperação, que demandava um pouco mais de atenção devido ao déficit de aprendizagem causado pela pandemia e que eles puderam ver como são capazes.  

A construção da Educação Integral

A pandemia da Covid-19, infelizmente, aprofundou as desigualdades no Brasil, inclusive na escola. Além disso, o período nos mostrou o quão importante é o desenvolvimento integral dos alunos, trabalhando o processo educacional em vários aspectos dentro e fora da escola.

No último dia da Bett Brasil aconteceu um painel voltado exclusivamente para a educação integral, que, segundo os palestrantes, não se resume apenas ao ensino em tempo integral. "O desenvolvimento integral abrange os aspectos humanos, fortalece as interações com os ambientes sociais e culturais, além de ser construído de forma coletiva. É um trabalho maior", explica a líder da agenda de desenvolvimento integral do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Economia Social (LEPES/USP), Mayra Antonelli Ponti.

Educação integral

Na ocasião, o pesquisador do LEPES/USP, Luiz Guilherme Scorzafave, destacou alguns dados sociais que podem potencializar a ampliação do tempo de ensino integral nos próximos anos. "O Brasil está envelhecendo e, consequentemente, algumas cidades já registram índices muito menores de crianças nas escolas. Com isso, esses espaços podem ser facilmente ampliados, com propostas de ensino integral e desenvolvimento". 

De acordo com a entidade, o ensino de tempo integral apresenta impactos positivos no desempenho dos estudantes no país, porém, é necessário cuidado para não tornar o método excludente. "É preciso avaliar os indivíduos, a aplicação e se o método está funcionando naquele local, evitando ao máximo que o aluno pratique a evasão escolar por conta disso", afirma Scorzafave.

Palestras inspiradoras

Uma das atrações finais do último dia do evento foi o ex-jogador de futebol Cafu, que palestrou sobre o papel da educação na construção do indivíduo e o poder da persistência. "Minha profissão me ensinou muito, mas o que eu aprendi com meus pais e em uma escola humilde, feita de lata no Jardim Irene, foi a base para a construção de quem sou hoje", disse.

Marcos Evangelista de Morais, o Cafu, é um dos maiores nomes do futebol mundial. Como capitão da seleção brasileira, foi o responsável por levantar a taça do Penta, em 2002, quando o Brasil conquistou sua última Copa do Mundo. Antes do estrelato, o atleta foi recusado nove vezes até conseguir um contrato profissional. "Meu pai me ensinou que barreiras existem para serem superadas e eu sempre tive a convicção de que ninguém pode decidir por nós o que queremos ser", afirmou o jogador.

Cafu

A palestra foi moderada pela jornalista Mariah Morais, que reforçou a importância das escolas, sejam públicas ou privadas, na construção dos sonhos de cada um. "Muitas vezes achamos que quem vem da escola pública da periferia não tem direito de sonhar, mas temos sim. Eu e o Cafu podemos afirmar isso, somos filhos da escola pública", finalizou ela.  

A jornalista está trabalhando na produção e lançamento de um livro sobre o craque e antecipou que o prefácio será feito a partir da redação vencedora de um concurso feito em escolas públicas. O livro deve ser lançado no ano que vem.

Amanda Costa Gil Giardelli

Estiveram presentes também Amanda Costa, fundadora do Instituto Perifa Sustentável, que falou sobre justiça climática, racismo ambiental e crise ecológica; Gil Giardelli, que abordou a inteligência artificial junto ao robô Pepper; Renato Casagrande, presidente do Instituto Casagrande, que trouxe as perspectivas para o futuro da educação; e Tiago Silva, que discorreu sobre o projeto “Mochileiro pela Educação”. 

 

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