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06 mar 2025

Censo 2022: o avanço do ensino superior no Brasil e os desafios que ainda persistem na educação

Redação Bett Blog
Censo 2022: o avanço do ensino superior no Brasil e os desafios que ainda persistem na educação
Número de brasileiros com acesso ao ensino superior aumentou, segundo o Censo. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Dados revelam avanços significativos na educação, porém ainda há um longo caminho a percorrer para garantir equidade no acesso para todos os brasileiros

Nos últimos 22 anos, a população com nível superior completo no Brasil cresceu 2,7 vezes. Segundo dados do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última semana de fevereiro, a população com nível superior mais que dobrou, passando de 6,8%, em 2000, para 18,4%, em 2022. Apesar desse avanço, a desigualdade regional e racial ainda são desafios a serem enfrentados.

A análise por regiões mostra que o acesso ao ensino superior ainda é desigual no Brasil. Enquanto o Centro-Oeste (21,8%), Sudeste (21%) e Sul (20%) apresentam percentuais mais elevados, as regiões Norte (14,4%) e Nordeste (13%) possuem os menores índices.

Para a analista do IBGE Juliana Queiroz, os números ilustram mudanças importantes que ocorreram no Brasil nos últimos anos. "A proporção de pretos e pardos de 25 anos ou mais com ensino superior no Brasil quintuplicou nos últimos 20 anos. No entanto, ainda observamos desigualdade", disse. "Em 2022, um quarto da população branca tinha ensino superior completo. Isto é mais do que o dobro da proporção entre pretos, com 11,7%, e pardos, com 12,3%”.

Entre os cursos superiores mais escolhidos, negócios, administração e direito lideram a lista, seguidos pelas áreas da saúde e bem-estar, e educação. No entanto, há diferenças significativas entre esses cursos.

"Medicina, por exemplo, destaca-se porque o maior percentual de pessoas que se declaram de cor ou raça branca, com 75,5%. Economia e odontologia têm resultados semelhantes, com cerca de 75% das pessoas com graduação concluída nessas áreas que se declaram brancas", destacou Juliana. "No extremo oposto, serviço social aparece em uma área com maior percentual de pessoas pretas e pardas, que totaliza mais de 50%”.

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Educação infantil: avanços e desafios

No que diz respeito à educação infantil, o percentual de crianças de até três anos matriculadas cresceu de 9,4% em 2000 para 33,9% em 2022. Apesar do avanço, o país ainda não atingiu a meta do Plano Nacional de Educação (PNE), que previa atender pelo menos 50% das crianças dessa faixa etária até 2025.

Entre as crianças de quatro a cinco anos, a taxa de escolarização aumentou de 51,4% para 86,7%. A desigualdade regional nesse grupo é menor, com o Nordeste (89,7%), Sudeste (88,9%), Sul (86,7%) e Centro-Oeste (80,5%) acima da média nacional. O Norte apresenta a menor taxa (76,2%), mas ainda assim próxima da média nacional.

A meta do PNE para essa faixa etária, de universalização do acesso à educação até 2016, tampouco foi atingida. “A gente está se aproximando dessa meta, mas ainda não atingimos 100%”, afirma a pesquisadora do IBGE Juliana Queiroz.

O papel do Censo para a formulação de políticas públicas

O diretor de Pesquisas do IBGE, Gustavo Junger, destacou a importância do Censo na produção de dados essenciais para políticas públicas. “O Censo é uma das maiores operações estatísticas realizadas no país, capaz de fornecer informações detalhadas para todos os municípios”, afirmou.

Diante dos desafios ambientais, Junger também anunciou uma nova pesquisa para avaliar os impactos da tragédia que ocorreu no estado do Rio Grande do Sul em abril de 2024. “Nosso objetivo é trazer informações inéditas para a realidade brasileira”, explicou.

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