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01 out 2024

Expansão da escola em tempo integral no país é refletida em números do Ideb

Redação Bett Blog
Expansão da escola em tempo integral no país é refletida em números do Ideb
Escolas em tempo integral têm Ideb mais alto. Foto: Gaia Schüler/MEC
Modalidade em tempo integral nas escolas tem apresentado resultados positivos e crescimento de percentuais no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica em vários estados do país

O modelo de escola em tempo integral tem se expandido no Brasil, com o objetivo de melhorar os indicadores de aprendizagem e desenvolvimento integral dos estudantes de toda a educação básica ao promover uma educação mais completa e de qualidade.

No Pará, por exemplo, segundo a Secretaria de Educação do Estado (Seduc), o aumento na implementação do tempo integral nas escolas da rede pública garantiu um salto de 1,3 ponto no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2023. Com a nota 4,3 no Ensino Médio, o Pará saiu do 26º lugar, em 2021, para a 6ª colocação no ranking do Ideb 2023.

O Pará intensificou a expansão da jornada integral. Em 2024, a Seduc concretizou um aumento de 100% de vagas em escolas de tempo integral. São 33 novas escolas no modelo de ensino integral e mais de 17,7 mil novas vagas, totalizando 35,9 mil vagas integrais na rede estadual de ensino.

Outro exemplo de referência vem do Estado do Paraná. Nas escolas estaduais do Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano), 65,6% das unidades que funcionam no modelo integral aumentaram as notas no Ideb entre 2021 e 2023, com uma variação positiva de 14,3% na média das notas. O avanço ficou quase 12 pontos percentuais acima das demais escolas, apontando melhoria na avaliação em 53,9%.

No Ensino Médio, houve aumento no Ideb em 51,6% das escolas estaduais em tempo integral, contra 46,2% das demais, uma diferença de mais de 5 pontos percentuais. Na média, a nota das escolas integrais cresceu 18% entre 2021 e 2023.

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Desde 2019, o Paraná tem investido na ampliação do número de escolas que funcionam em tempo integral por meio do Programa Paraná Integral. Naquele ano, 73 unidades funcionavam neste sistema, passando para 82 em 2020 e 92 em 2021. Em 2023, ano que serve de referência para a avaliação do Ideb, já eram 253 unidades integrais, chegando às atuais 412 neste ano letivo.

E o crescimento no Ideb não é exclusividade do Pará e do Paraná. De acordo com uma reportagem do jornal O Globo, as escolas em tempo integral apresentam melhor desempenho no Ideb, especialmente beneficiando alunos mais pobres. Dados do Ideb de 2023 mostram que estudantes de escolas em tempo integral - com mais de sete horas de aulas por dia - aprendem o equivalente a um ano a mais em Matemática, segundo uma análise de dois institutos voltados para a melhoria do ensino no país, o Sonho Grande e o Natura.

O levantamento mostra ainda que esse grupo de colégios da rede pública com mais tempo diário de aula teve uma nota de 4,4 no indicador, contra 4,1 das unidades em tempo parcial. O Brasil tem visto uma expansão consistente das escolas em tempo integral no Ensino Médio. Em 2019, 13% dos colégios e 10% dos alunos estavam nessas unidades. Em 2023, esses números pularam para 33% e 18%, respectivamente.

Programa Escola em Tempo Integral do MEC

O Programa Escola em Tempo Integral do Ministério da Educação (MEC) destina recursos financeiros para a criação de matrículas em tempo integral em todas as etapas e modalidades da educação básica nas redes de ensino. O novo ciclo do Programa, referente ao período 2024-2025, já recebeu a adesão de 3.710 municípios (66,6%) e 18 estados (66,7%), segundo o último boletim divulgado pelo MEC, em setembro.

O documento também traz destaque para a Região Nordeste, que conta com 85,7% dos municípios confirmados e é a única com a participação de todos os estados. As redes de ensino estaduais, municipais e distrital que quiserem aderir ao ciclo têm até o dia 31 de outubro. Neste novo ciclo, será fomentado mais  1 milhão de matrículas em todo o  País, desde a creche até o Ensino Médio, incluindo estudantes com deficiências, de comunidades quilombolas, do campo e indígenas, segundo o MEC. O investimento será de R$ 4 bilhões e a meta é alcançar, até o ano de 2026, cerca de 3,2 milhões de matrículas. 

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