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OCDE lança estudo sobre competências socioemocionais na Bett Brasil

Redação Bett Blog
OCDE lança estudo sobre competências socioemocionais na Bett Brasil
Pela 1ª vez, Brasil integra pesquisa com dados coletados na cidade de Sobral, no Ceará, com o apoio do Instituto Ayrton Senna

A 29ª edição da Bett Brasil foi palco do anúncio oficial dos resultados inéditos do estudo “Social and Emotional Skills for Better Lives(Competências socioemocionais para uma vida melhor, em tradução livre), conduzido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em colaboração com o Instituto Ayrton Senna.

A pesquisa foi divulgada durante painel do auditório de educação pública da Bett Brasil e contou com as participações de Herbert Lima, secretário de educação de Sobral (CE) e Karen Teixeira, gerente de pesquisa do eduLab21 do Instituto Ayrton Senna, além da moderação do jornalista Antônio Gois, colunista do Globo.

É a primeira vez que o Brasil participa como campo de implementação principal na coleta global de dados sobre o assunto, junto com outros 16 países e organizações, incluindo Colômbia, Chile, Itália, Japão, Finlândia e Bulgária. No Brasil, o estudo foi conduzido na cidade de Sobral, no Ceará, em 2023, com mais de 4.500 estudantes de 10 e 15 anos, professores, diretores escolares e pais/responsáveis.

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O estudo representa uma das primeiras pesquisas internacionais em larga escala sobre competências socioemocionais no mundo, abrangendo dados de milhares de jovens alunos. O levantamento avalia 15 competências socioemocionais e sua importância na vida dos estudantes, além de examinar os fatores que promovem ou dificultam seu desenvolvimento.

Idade

A pesquisa evidencia disparidades no desenvolvimento das competências socioemocionais entre estudantes de 10 e 15 anos. Enquanto os alunos mais jovens demonstraram maior progresso em competências como confiança, determinação, assertividade e otimismo, os de 15 anos relataram um avanço superior na competência de empatia. Essas discrepâncias ressaltam a importância de compreender os elementos que influenciam tal desenvolvimento.

Relatório da OCDE durante a 29ª edição da Bett Brasil

Uma hipótese sugerida pela gerente de pesquisas e membro do eduLab21 do Instituto Ayrton Senna, Karen Teixeira, é que os estudantes de 10 anos, especialmente aqueles no ensino fundamental 1, desfrutam de uma relação mais próxima com um único professor, o que pode facilitar o progresso socioemocional.

“Professores do Ensino Fundamental 1 podem ter acesso a mais formações relacionadas ao desenvolvimento socioemocional, tornando-os mais preparados para ajudar os alunos nessa área. Esses insights sugerem a importância de fornecer formação adequada aos professores do Ensino Fundamental para melhorar o desenvolvimento socioemocional dos alunos mais velhos”, afirmou Karen.

Frequência escolar

O relatório também aborda a questão da frequência escolar, destacando que os estudantes de Sobral têm menos faltas em comparação com a média dos países participantes, embora relatem chegar atrasados à escola com maior frequência.

Karen destaca a importância de observar essa tendência: "A incidência de faltas e atrasos é crucial, pois pode ser um indicador de possível abandono escolar e afetar o desempenho dos alunos. Competências como determinação, persistência e responsabilidade contribuem para a redução das taxas de faltas e atrasos. Além disso, competências como otimismo e entusiasmo estão associadas a indicadores de saúde e bem-estar."

Notas escolares

Entre os resultados mais relevantes, Karen apontou que competências como desempenho de tarefas e abertura ao novo estão relacionadas com melhores notas escolares; a autogestão e curiosidade foram relevantes como os principais impulsionadores do desempenho em disciplinas como matemática, leitura e artes; enquanto otimismo e entusiasmo influenciam positivamente o bem-estar dos estudantes.

“Todas as competências socioemocionais analisadas contribuíram para o aprimoramento do desempenho acadêmico, desmistificando a ideia de que o desenvolvimento dessas habilidades poderia prejudicar o aprendizado tradicional”, ponderou Karen.

Para saber mais, acesse o relatório completo aqui. Ou confira a análise da gerente de pesquisa do eduLab21 do Instituto Ayrton Senna, Karen Teixeira, sobre o estudo da OCDE aqui. 

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