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06 mai 2025

Equipes de sucesso: como articular perfis das diferentes gerações no ambiente de trabalho escolar?

por Sandra Andrade Scapin
Equipes de sucesso: como articular perfis das diferentes gerações no ambiente de trabalho escolar?
Foto: Freepik
O cenário das escolas traz profissionais de diferentes gerações para o ambiente de trabalho e o gestor é desafiado a garantir trocas significativas que contribuam para um ambiente saudável e que assegure o alcance dos objetivos

Temos vivido, nos nossos ambientes de trabalho, relações intergeracionais, visto que temos equipes em que colaboram profissionais da geração X, Y e Z. Esta relação acaba se caracterizando por diferentes olhares e características que por hora geram conflitos, mas também oportunizam crescimento e trocas significativas. O contexto em que cada geração foi criada e a própria formação recebida impactam significativamente na construção da cultura organizacional.

Este diálogo entre as gerações é fundamental para que as equipes cresçam e os objetivos institucionais sejam alcançados de modo que todos sintam-se como colaboradores no processo de desenvolvimento institucional.

A partir deste contexto, a atuação dos líderes, nas escolas, é fundamental para favorecer o engajamento de cada pessoa na equipe e despertar, em cada um, a perspectiva de colocar-se a serviço do sucesso da equipe.

Assim sendo, as lideranças nas escolas precisam, inicialmente conhecer claramente as características de cada geração para assim melhor entendê-las e poder escutá-las sem reservas.

Os líderes devem, ainda, criar um ambiente que promova o desenvolvimento humano colaborativo, não dando espaço para a competição entre profissionais, mas criando uma cultura em que cada um dê o melhor de si naquilo que for sua função.

Os gestores devem criar espaços de formação capazes de favorecer o desenvolvimento de habilidades e competências acadêmicas, socioemocionais e procedimentais da equipe, favorecendo, assim, o crescimento individual e coletivo numa rede de apoio caracterizada pela disposição à aprendizagem ao longo da vida – o Lifelong Learning, defendido pelo autor Conrado Scholoschauer. A criação desta rede de aprendizagens, contribui com  a atualização permanente das equipes e maior adesão ao propósito institucional.

É fundamental também envolver a equipe em novas reflexões para promover a efetiva transformação da prática, dando espaço para trocas de ideias dos diferentes colaboradores, validando assim o conhecimento e o ponto de vista de cada um. Feedbacks a respeito da prática e das reflexões compartilhadas são essenciais. Elogios podem e devem ser dados publicamente, correções, no entanto, devem fazer parte de momentos particulares.

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Na medida em que gestores assumirem sua capacidade de leitura de cenários, demonstrarem iniciativa, proatividade e uma liderança assertiva contribuirão para a formação de equipes em que prevaleça a transparência, a capacidade de comunicação clara e objetiva, a boa resposta diante da velocidade das mudanças contextuais decorrentes da revolução do conhecimento, da diversidade cultural e da globalização da informação.

As relações de trabalho estão mudando constantemente. É necessário formarmos equipes abertas ao novo e engajadas a partir da redefinição de papéis e funções na escola, criando ambientes de aprendizagem mais flexíveis.

Não podemos nos esquecer, ainda que, à gestão escolar implica:

  • Clareza da demanda, garantindo a efetiva comunicação da visão da instituição, definindo prioridades e estratégias;
  • Disponibilidade e garantia de boa infraestrutura que dará condições para implementação de melhorias (financeira, humana, material);
  • Envolvimento para o desenvolvimento de pessoas gerando engajamento e contribuição nas equipes.

Esta ação da gestão escolar com as equipes favorece: o pertencimento de todos os envolvidos que se sentem reconhecidos e apoiados, sentindo-se parte importante da identidade, do propósito institucional; a capacitação contínua da equipe favorecendo que desenvolvam competências para enfrentar desafios; espírito de corresponsabilidade na tomada de decisão; acolhimento e empoderamento de todos.

Numa perspectiva de transformação das instituições escolares, os líderes transformacionais devem desenvolver suas diversas inteligências (técnica, social e emocional) para inspirar os colaboradores e impulsionar as suas relações. Devem atuar a fim de serem modelos, treinar, incentivar, inspirar, ensinar e apoiar os colaboradores a alcançarem as metas organizacionais.

O mundo do trabalho está mudando, todos os talentos precisam ser reconhecidos, tanto aqueles provenientes da experiência, quanto aqueles decorrentes da transformação da realidade, da tecnologia, da modernidade. Juntos, alinhando as múltiplas características de cada geração poderemos formar equipes de alta performance e que poderão impactar enormemente a qualidade da aprendizagem dos nossos alunos.

Sobre a autora:


*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Bett Brasil.

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