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Inteligência Artificial é a tendência que ‘dominou’ as conversas na Bett Show UK

Redação Bett Blog
Inteligência Artificial é a tendência que ‘dominou’ as conversas na Bett Show UK
Ferramentas de IA que pareciam antes uma promessa de futuro têm se traduzido em vários serviços e produtos com aplicações simples e efetivas para as salas de aula

A Inteligência Artificial (IA) foi a tendência que ‘dominou’ o mais influente evento global de educação e tecnologia do mundo, a Bett Show UK. O evento, que aconteceu na última semana de janeiro em Londres, no Reino Unido, recebeu uma delegação brasileira liderada pela Bett Brasil com mais de 190 integrantes, entre educadores, gestores, líderes, autoridades do governo e executivos de empresas ligadas à educação.

A transcrição em tempo real do que uma pessoa fala - o professor na sala de aula, por exemplo - foi uma das possibilidades apresentadas por empresas como a Microsoft. Essa função pode ajudar pessoas com dificuldades de audição ou concentração, mas acaba sendo útil a todos, pois se torna uma forma de guardar conteúdo de uma aula para ler ou estudar em outro momento.

Os sistemas de IA têm ainda o potencial de colaborar no cuidado da saúde mental dos estudantes. O Google desenvolveu uma ferramenta que pode alertar os professores para identificarem riscos de comportamentos, como automutilação e violência.

O Canvas mostrou um gerador de imagens, solução em que o próprio programa pode criar uma imagem para ser usada em determinado projeto ou trabalho escolar, caso o usuário assim o deseje. O gerador é capaz de produzir ilustrações até mesmo de coisas fantásticas, que não existem no mundo real.

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O uso da inteligência artificial também abre novas possibilidades de inclusão, com o dispositivo da OrCam. Trata-se de um pequeno aparelho ativado por voz que se conecta a praticamente quaisquer óculos e lê instantaneamente textos de livros, telas e letreiros. Também reconhece rostos e cores. É um produto de uma empresa israelense, mas também está disponível no Brasil.

“É a inteligência artificial a serviço das pessoas com deficiência visual, algo que transforma a vida das pessoas. Ler um livro te dá independência”, afirmou Doron Sadka, representante da OrCam no Brasil. E o dispositivo pode ajudar também pessoas com dislexia, TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade), autismo, síndrome de Down, conta Sadka. Na Bett Brasil, que acontecerá em abril, a empresa vai lançar um aparelho ainda mais específico para o público que não tem deficiência visual, mas precisa de ajuda para leitura.

Direto de terras brasileiras

A delegação do Brasil vivenciou uma intensa agenda em Londres, incluindo visitas a instituições de ensino e a participação na Bett Show UK. Para a diretora de conteúdo da Bett Brasil, Adriana Martinelli, a semana superou as expectativas. “Essa iniciativa fortaleceu as relações humanas, promoveu reflexões profundas, estabeleceu contatos significativos, inspirou ideias inovadoras e, principalmente, impulsionou o desenvolvimento de novos projetos e parcerias”, disse. Segundo Adriana, a dedicação do grupo às atividades contribui para a construção de uma educação de qualidade no Brasil.

A diretora-geral da Bett Brasil, Claudia Valério, destacou que o aumento de tamanho reflete a importância que o tema tem no país. “A gente encerrou com um saldo muito positivo e muitos elogios. O aumento das atividades foi proporcional ao aumento das pessoas. O interesse crescente em participar mostra que as pessoas estão antenadas e preocupadas em ter mais conhecimentos, ter contato com inovações”, afirmou.

No primeiro dia do evento, a diretora-geral da Bett Brasil participou da sessão “Bridging the new frontier: Latin America in the global EdTech spotlight”, que discutiu o cenário atual do mercado de educação da América Latina para o público global. No painel também estavam presentes o CEO e fundador da Learnbase, Lars Janér, e o CEO da Edlatam Alliance, Fernando Valenzuela.

Claudia disse ter ficado satisfeita com a recepção da plateia que compareceu ao evento. “Pelo nível das perguntas, a gente percebeu que a participação foi muito qualificada”, afirmou ela. “Percebi que os investidores se preocupam muito com o risco da América Latina, que, às vezes, é mais alto que o europeu e americano, com a flutuação da moeda. São preocupações de qualquer negócio, mas é possível lidar com essas dificuldades”, garantiu.

O espaço na Bett Show foi importante para mostrar ao mundo que o mercado de educação da América Latina está aquecido e tem crescido bastante, acredita Claudia. “Na Bett Brasil, todo ano a gente recebe novos expositores estrangeiros, em geral, edtechs que querem começar seus negócios por lá. E temos exemplos bem sucedidos de empresas que acabaram se estabelecendo. A gente fica bem feliz em ver o progresso dessas empresas, de ter sido um canal de entrada no país”, disse.

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