O que ficou para a educação após a euforia do metaverso?
O termo "metaverso" surgiu em 1992, no livro 'Snow Crash', escrito por Neal Stephenson. Em 2021, ganhou notoriedade quando Mark Zuckerberg anunciou que a Meta, empresa que inclui Facebook, Instagram e WhatsApp, se tornaria uma companhia focada no metaverso. Desde então, o conceito se expandiu para incluir realidades aumentada e virtual. No entanto, após a empolgação inicial, o metaverso diminuiu substancialmente sua aparição na mídia.
Senso comum vs. realidade
Embora o fenômeno tenha favorecido uma dificuldade na compreensão do metaverso, suas aplicações práticas continuam a se desenvolver. Essa diferença entre percepção e realidade oferece oportunidades para as escolas trabalharem com o letramento digital.
É essencial ensinar aos alunos a refletir criticamente sobre as tecnologias que os cercam. Temos diversos exemplos que, apesar de amplamente divulgados, não se aprofundaram e apenas confundiram, tais como: as NFTs, criptomoedas e a Inteligência Artificial (IA). Esse tipo de educação deve ajudar a esclarecer o verdadeiro impacto da tecnologia em nossas vidas.
Oportunidades na escola
Não é necessário ter equipamentos caros de realidade virtual para discutir o metaverso em sala de aula. Um bom diálogo pode despertar o interesse dos alunos. Ao interagir com esses conteúdos, eles se tornam protagonistas do aprendizado, aprofundando-se nos temas.
Compreender como o metaverso se conecta com outras tecnologias — como Internet das Coisas (IoT), Gêmeos Digitais e Inteligência Artificial Generativa — pode oferecer uma visão mais completa de como tudo está interligado.
Isso inclui discutir quais profissões podem surgir e os impactos ambientais dessas novas tecnologias. Navegar em mundos virtuais pode ajudar os alunos a refletirem sobre suas experiências e perceberem tanto as oportunidades quanto os riscos envolvidos.]
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Conclusão
Integrar discussões, debates e pesquisas sobre o metaverso (e demais temas da tecnologia) nas aulas é um antídoto contra superficialidades. Dessa forma, as escolas podem preparar melhor os alunos para um futuro em que essas ferramentas serão cada vez mais relevantes, mas cuja compreensão pode ser distorcida.
A chave é promover um ambiente de aprendizado inclusivo e crítico (principalmente do tema relacionado com as outras disciplinas), onde todos possam explorar as possibilidades do mundo digital, fomentando uma compreensão além do senso comum.
Sobre o autor:
Francisco Tupy
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Bett Brasil.
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